sábado, 7 de setembro de 2013

à pressa

Houve uma altura em que tive medo de me voltar a apaixonar pela mesma pessoa, mas acabei por perceber que isso nunca poderia acontecer, porque houve alguma coisa que mudou desde a última vez que eu olhei para ele dessa forma. Durante este tempo, acabei por perceber que era possível gostar muito mais de alguém, do que algum dia gostei, ou poderia ter gostado, dele. Entendi, talvez tarde demais, que eu não estava apaixonada por ele, mas sim pela forma como o via.

Entretanto, aprendi a gostar de alguém. Aos bocadinhos, como quem não quer a coisa, de tal forma que até eu fiquei surpreendida quando percebi o quanto gostava dele. E podia ficar triste com o facto de não o ir voltar a ver, e de ele se estar a cagar para mim - no fundo fico, mas não morro disso, e continuo a dizer que ele foi das melhores pessoas que eu conheci.

As coisas más equilibram o mundo. Nunca seríamos capazes de perceber o que de bom nos acontece, se não tivéssemos passado por situações difíceis. E agora eu entendo que baralhei tudo, que o primeiro nunca valeu nada, mas que o segundo fez com que valesse a pena passar pelo primeiro. Talvez nunca tivesse percebido o valor dele, se não tivesse conhecido a falta de valores do outro. Não, eu poderia voltar a achar que gosto dele.

3 comentários:

somaijum disse...

Entendi, talvez tarde demais, que eu não estava apaixonada por ele por ele, mas sim pela forma como o via.
Mas não é isso que acontece sempre?
"Quem o feio ama, bonito lhe parece".
Ao princípio as qualidades ou defeitos das pessoas, são sempre fruto do modo como as vemos "com o coração". Só mais (e por vezes tarde demais), quando as "vemos" com os sentidos, é que percebemos quanto estávamos enganados.
O coração engana-se muito... :\

patrícia disse...

Depende... há enganos e enganos :/

somaijum disse...

Olha, pois há. Há enganos que só damos por eles depois de os copiarmos para o comentário, a negrito, como este por ele por ele.
Ahahah