sábado, 30 de novembro de 2013

não morri,

Mas não tenho tempo para isto. Um dia destes retomamos a emissão.

sexta-feira, 29 de novembro de 2013

lemme pet you

Não sei ao certo qual foi a ideia louca de ir à escola hoje para ter uma aula, uma única aula, em que nem sequer estou inscrita. Não aprendi nada de jeito, mas descobri que quero um pinguim.

quinta-feira, 28 de novembro de 2013

cartas que não vou enviar

As pessoas, tenho-me apercebido, só nos desiludem quando deixamos que isso aconteça. Isto é tão, mas tão simples, tão clichê, que provavelmente vais achar desnecessário que eu o constate, mas acho que nos esquecemos disto frequentemente - só nos desiludimos, se nos permitirmos a iludir.

Confesso, esta minha mania de dramatizar, de pensar o pior de cada um, já me tem deixado mal muitas vezes. Mas, deixa-me que te diga, que me sabe pela vida a emoção de ver alguém defraudar, entenda-se, pelo lado positivo, as baixas expectativas que crio à volta das pessoas - é fácil desarmarem-me. Por mais que me faça de durona, de cabra, é muito fácil levarem-me às lágrimas, se conhecerem as palavras certas.

Tu não és exceção. Pensei sempre o pior de ti, e fui adicionando pormenores com o tempo - gostos, manias, tendências. Não levei muito tempo a criar uma imagem sobre ti; talvez este esboço esteja errado, talvez ainda o deixe com demasiados talvez sublinhados a vermelho, mas acho que não te queria mais descortinado. O mistério também encanta.

Deixa-me que te diga que, na maior parte do tempo, sinto uma certa repulsa por ti. Nem sempre o sei explicar, mas às vezes não gosto da pessoa que és, das coisas que dizes, que fazes, que pensas. Às vezes enervas-me e tenho vontade de te virar as costas de uma vez por todas. De não deixar que me afetes, que me baralhes, que me vires do avesso. Não tens esse direito, por isso não devias ter esse poder. Ainda assim, quando tento parar, é sempre em vão.

Pode demorar dias, semanas, ou até meses, mas há sempre uma força invisível e inquebrável que me detém - eu gosto de ti. Gosto de ti até nos dias em que não gosto de ti, para veres bem. Percebo que não tenho motivo algum que o justifique, mas também não estou muito interessada em procurar explicações para o inexplicável. Seria inútil, e o básico eu sei, mesmo não o compreendendo; gosto da forma como me desarrumas o mundo, e do trabalho que me dás para voltar a meter tudo no sítio. Não me perguntes porquê - ou é porque uma pessoa se habitua à desarrumação ou porque ganha o vício de arrumar - mas tenho quase a certeza de que nada seria a mesma coisa sem ti. E isso assusta-me tremendamente - essa consciência de que não me consigo ir embora. Que, por mais vezes que bata com a porta, vou tentar voltar sempre. Talvez para sempre.

sobre a mini-ficha surpresa de fq

Acho que não me enganei a escrever o nome. Será que isso conta?

não, patrícia, não

Já me conformei com a ideia de ter o meu blog a ser lido pelas mais variadas criaturas, pelo que já nem me dou ao trabalho de esconder o blog. Então, hoje, enquanto conversava com um rapaz da minha turma que tinha acabado de descobrir a existência do antro, comecei a contar-lhe que já tinha tido outros blogs antes deste, e que tinha umas visitas muito estranhas. Nisto, começo a enumerar as pesquisas:

- oh, visitavam-me imenso por ratas peludas, e depois tinha variantes, tipo ratinhas peludinhas, coninhas peludas, conas, pelinhos na rata.

Até que me viro para trás.
Estava um homem a ouvir tudo.

normalidade vs patrícia

Sou a vergonha da classe das gordas, uma humilhação só. Não sei bem como, mas esqueci-me de almoçar. Bom, não foi bem esquecer - eu sabia que devia ir comer qualquer coisa antes da aula, mas estava tão entretida a falar que, quando dei por isso, estava a tocar e já não dava tempo.

Se ajudar a repor a minha imagem de lontra gorda, podemos considerar que sou uma lontra tão lontra que até para comer tenho preguiça, dunno. Como queiram.

é só

A minha aversão por pessoas é tão grande, que todas as pessoas a quem eu faço questão de informar que estão dentro dos parâmetros normais que eu defini para decidir se gosto das pessoas, deviam meter os pés ao caminho no mesmo instante e ir acender uma velinha à nossa senhora de fátima.

os gajos que me desculpem

Adoro as teorias másculas de que as gajas nunca vão saber o quanto dói levar um murro nos colhões. Mas, meus amores, vocês também nunca vão entender a dor de sentir a chegada da terceira guerra mundial ao interior do útero, e o bem que isso faz às hormonas. Digo mais - a teoria do quanto mais choras, menos mijas é totalmente falsa, porque eu me farto de chorar e continuo com a incontinência de um cachorrinho nervoso.

O pior disto tudo é que, gaja que é gaja, sabe que consegue descontrolar isto tudo se estiver nervosa, o que vem mesmo a calhar porque a chegada do período consegue melhorar toda e qualquer situação. Do género ah, mas andas nervosa e com milhões de razões para chorar? Surpresaaaa! Chora praí puta.

lemme fly.

You know what happens when you dream of falling? 
Sometimes you wake up. 
Sometimes the fall kills you. 
And sometimes, when you fall, you fly.

quarta-feira, 27 de novembro de 2013

ainda em choque

Sempre estranhei o facto de haver pessoas a achar-me convencida, mas percebo agora que afinal isso até é bastante possível. A partir do momento que duas das criaturas que eu sempre achei convencidas pra caralho têm uma autoestima tão ou mais catastrófica do que a minha, então sim, venham falar-me do céu verde e de um papa roxo, porque eu já estou por tudo. 

(im)pertinência

Eu achei que nada podia ser pior do que encontrar uma foto de uma miúda com um cavalo, e a descrição «adoro o teu sorriso» - todas as noites, antes de dormir, rezo um terço por esta pobre alma, na esperança de que ela não viva convencida de que viu o cavalo a sorrir.

Hoje encontrei a foto de uma outra pita com a descrição «home». Foto essa tirada na, e passo a citar a localização dada pela criatura, «associação cavalo amigo». Devo concluir que ela vive num estábulo?

eu, revoltada.

Mete-me um bocado de raiva aquela tendência geral para se crer que a única razão que leva as pessoas a falarem mal umas das outras é inveja. Acredito piamente que existam muitas situações assim, mas às vezes as pessoas falam mal porque não gostam de vocês, e em vez de andarem armados em reis e ah e tal, querias era ter metade do meu swag, deixem-se disso e assumam, de uma vez por todas, que nem sempre os outros estão errados. Às vezes, vocês são mesmo uma merda.

fragmentos de vidas que desconhecemos, dizia-vos eu


E isto encanta-me, sem que eu saiba muito bem porquê.

ainda, mas não o suficiente

A forma como as pessoas mudam, assusta-me um bocadinho. A começar pela forma como eu própria tenho mudado.

Hoje, por exemplo, dei por mim a ser a miúda-mais-velha-com-mau-feitio que se vira para trás no autocarro e oferece dois pares de estalos às criaturinhas que andavam à pancada e já me tinham acertado duas vezes - okay, só me puxaram o cabelo quando meteram as mãos no banco, mas eu estava de mau humor, entenda-se.

Quando me apercebi de que ainda ontem eu era a pita ranhosa com quem os mais velhos mandavam vir, e hoje sou eu quem está armada em mãe dos monstrinhos, fiquei assustada. Sei lá, temi o pior. Temi para a semana dar por mim a fazer rendinha à volta dos naperons enquanto falo da novela da noite. 

terça-feira, 26 de novembro de 2013

em pausa

Podem passar mil anos, mas eu acabo por descobrir sempre aquilo que quero sem fazer nada por isso. O problema é quando aquilo que descubro é tão mau que nem sei muito bem o que fazer com isso. 

Eu juro que achei que as pessoas já não me podiam surpreender mais, mas ainda podem. Ou a pessoa, vá - e não é pelo lado bom. Ao fim deste tempo todo, não sei se lamento mais por ele ou por mim, por tudo o que se passou. Valha-me deus.

ainda em negação

Depois do que descobri, não consigo pensar no gajo sem partir do princípio que ele tem uma qualquer doença do foro psiquiátrico. E isto é lamentável, tendo em conta que... oh hell, eu já tive uma queda por ele. Uma queda enorme.

segunda-feira, 25 de novembro de 2013

sempre fodido

Quando todas as escolhas que eu faça são passíveis de se tornarem as piores escolhas possíveis. E então eu não sei o que é que vale mais a pena arriscar - e peço conselhos que não sigo. Faço planos que não realizo. Sou sempre assim; amanhã, logo se vê. Mais tarde ou mais cedo, acordo com uma resposta e faço o que me apetecer.
Até lá, torturo-me a mim e a toda a gente, como se os fosse ouvir.

diz que nunca escrevi sobre ela

- deixo sempre o melhor para o fim.
- vê lá se depois não é tarde de mais e não te arrependes por não teres aproveitado o melhor antes.

Foi mais ou menos assim que uma conversa sobre natas e sobre o quanto eu gosto de comer a parte torrada no fim me deixou a pensar durante uma eternidade. Se calhar é esse o problema. Penso demais e faço pouco com o que sei.

see no evil,

Ainda nem me tinha apercebido de quantas vezes eu digo que sou estranha ao longo do dia, mas sei lá, parece-me sempre de bom tom avisar as pessoas antecipadamente para que não se surpreendam com a quantidade de coisas sem sentido que me saem da boca.

O problema, alforrecas, é que eu não sou um bicho social. Por mais que tente, não dá; o meu talento inato para socializar é quase equiparável ao talento musical do zé cabra. Sou uma desgraça.

Foi mais ou menos por isso que hoje, enquanto conversava com um rapazinho, lhe disse que tinha um blog, e o deixei ler o dito. Nunca pensei que pudesse ser tão constrangedor ver ter alguém à minha frente a ler o meu blog, post a post, com toda a merda que por aqui digo e que não faz sentido nenhum. É então que não aguento mais o embaraço e, durante uma paragem cerebral, me parece que pode ser boa ideia tapar-lhe os olhos. Oh deus.

Acabei a fazer um movimento estranho, algo entre um apertar de bochechas e um arrancar de olhos. Uhm uhm. Acho que já nem ao diabo me recomendam, porque até do inferno me expulsavam por ser pior do que eles todos juntos. Pelo menos, a falar.

Claro que isto não interessa a ninguém, mas o rapazinho disse que ia ficar com vergonha se eu escrevesse sobre isso, e então eu escrevi. Não podia ser a única embaraçada neste mundo.

famous cinderella

Às 8 da manhã, tinha nada mais, nada menos, do que 212 visitas. Sim, oito horas após o início da contagem, tinha ultrapassado as duzentas visitas.
Talvez eu devesse ficar contente, mas ainda não consegui perceber o que é que se está a passar aqui, e assusta-me um bocadinho a perspetiva de ter tanta gente a ler.

Sinceramente, temo que isto sejam stalkers que, mais tarde ou mais cedo, me vão apanhar desprevenida e espetar-me com o facalhão nas costelas. Don't hate on me.

confissões.

Pessoalmente, não gosto de fotos em que as pessoas estão em pose, demasiado direitas, demasiado artificiais, com sorrisos forçados and so on. Ainda acho que as melhores fotos são mesmo aquelas captadas sem aviso prévio.

Claro que isso não funciona comigo porque a minha beleza não é visível a olho nu e então pode tornar as coisas ligeiramente horríveis, mas acho que se percebe a ideia. Agora, não sei se sou só eu, mas costumo associar fotos à forma como vejo as pessoas na realidade. Não sei explicá-lo - estão a ver uma foto que vos mostre ao natural, sabem? 

Okay, não é bem isto. É que há uma foto do rapazinho que eu de vez em quando vou ver. Não me perguntem porque o faço, mas é sempre mais ou menos como tê-lo à minha frente, porque de alguma forma, é assim que eu o vejo - o ar, o olhar, o meio sorriso. Não sei. Está tão ele, tão natural, que não consigo desviar os olhos daquela foto. 

O estranho é que... ele está horrível na foto. Absolutamente horrível. E pronto, é só.
E eu estou longe de o achar feio.

mensagens que não vou enviar

Vê lá se não desistes agora, não te deixes morrer na praia. Ainda há tempo para fazer as coisas certas.

percebi

Não me ligo às pessoas facilmente, mas quando me ligo é de caixão à cova. Não há cá meios termos; ou não gosto mesmo, ou adoro. E isto é quase tão bom quanto mau.

tristeza.

Cheguei à conclusão que a minha produtividade durante todo o fim de semana é exatamente igual ao meu índice de beleza e interesse, ou seja, nenhuma. É verdade, alforrecas, não fiz mais nada do que pestanejar e rebolar.

Agora, sempre me serve de consolo saber que a culpa nem foi totalmente minha - juro que me tentei concentrar, mas não deu. E tenho noção de que estou a fazer uma tempestade num copo de água, que imensa gente chumba, mas estou mesmo chateada por causa do exame, ao ponto de nem comer me apetecer (o milagre!). Pior: não me apetece ler sequer.

Além disso, comecei a tentar fazer uma ficha de física que devia entregar amanhã, mas desisti quando percebi que o stôr se enganou e a mandou escrita metade em russo e metade em mandarim. Não sei. Às vezes tenho a sensação de que mais depressa chego à idade da reforma do que vejo física e química feita. Idek.

domingo, 24 de novembro de 2013

reflexões de uma mente perturbada

Gosto das pessoas que falam de algo com paixão. Mesmo que eu não consiga entender o objeto de tamanha paixão - ninguém me tira da cabeça que são estas coisas que movem o mundo. Estes fragmentos de felicidade que encaixam entre si e nos motivam a acordar todos os dias.

Estes foram os 30 segundos de inspiração estranha, mas já recuperei. Voltemos à emissão normal.

normalidade vs patrícia

As pessoas normais sentem-se mal quando dormem pouco, passam o dia a arrastar-se mais mortas do que vivas e ai jesus que eu estou tão cansada. Eu não. Se dormir 4 ou 5 horas já fico cheia de energia, sou imparável e impossível de calar. Torno-me irritante, vá. (agora pensem: eu só durmo umas 5 horas por noite, todas as santas noites. é por isto que não tenho amigos)

Esta noite devo ter dormido umas 11 horas. Acordei mal disposta que eu sei lá, ando toda tonta e com um mau humor do caralho. Haja quem me entenda.

outra para o freud

Sonhei com dois gajos que nunca vi na vida*. Gostava de um que me tratava mal, e depois fui enroscar-me toda  no irmão porque éramos muito amigos, ali a chorar baba e ranho. E, note-se, ele era bastante mais gostoso do que a minha suposta crush, e éramos tão próximos que ele se começou a peidar na cama e nunca mais parava.

O pior de tudo é que... aquilo era um filme. Eu vivia num filme, e sabia que ia ficar com o anormal de quem gostava.
Okay, eu mais tarde ou mais cedo acabo internada na ala da psiquiatria só por causa destes sonhos, juro.

* Ou sim. Li por aí que só sonhamos com pessoas que já vimos acordadas, nem nos sonhos andamos aí armados em deus a fazer gente à toa.

sábado, 23 de novembro de 2013

mensagens que não vou enviar

És um quebra cabeças impossível de resolver. Eu juro que tento não pensar mais nisto, mas durante todo este tempo, nunca consegui deixar de me questionar o que te passaria na cabeça. Porquê? Porque é que nunca me respondeste? Sou assim tão indiferente que nem para gozar te tenhas dado ao trabalho de responder? Preferia um trilião de vezes que me tivesses mandado à merda. Qualquer coisa teria sido bem vinda - menos a ausência de resposta.

demasiado bom para não meter aqui

Talvez eu não devesse ter roubado isto ao shiuuuu, e talvez nem importe, mas esta é a tal lambada de luva branca às pessoas com baixa autoestima que se refugiam na ideia de que são incapazes de afetar a vida de quem quer que seja. Eu incluída.

Quando era bem novo, ainda andava no 6º ou 7º ano, eu era um menino bem tímido e introvertido. Os dias de escola eram passados a desejar que simplesmente acabassem. Eu não gostava de mim e, na minha cabeça, a ideia de que alguém gostasse de mim era ridícula; quem iria gostar de um miúdo desajeitado que era gozado por uns e ignorado por outros? Mas, um dia, tudo mudou. Estava eu na minha secretária, atento a uma aula de história, e chegou um bilhete. Esse bilhete era uma declaração.. Vi de quem era e olhei para ela. Ela estava de cabeça baixa. Ela era bem tímida e com um estilo muito melancólico. Era mais velha do que eu 3 ou 4 anos.

Eu li a carta e a guardei dentro do caderno. Pensei, para os meus botões, que estavam a gozar comigo. Como é que uma rapariga iria olhar para mim e declarar-se daquela forma, principalmente mais velha do que eu? 

No fim da aula eu fui falar com o professor, devido a um atestado médico, e uma amiga dela pensou que eu estava a falar da carta.. No dia seguinte ela não apareceu e a amiga veio ter comigo e implicou comigo, berrou comigo, porque me foi dado algo e eu fiz queixa a um professor. O que era mentira.. ela nunca soube que era mentira..

Na manhã do dia seguinte, o director de turma nos juntou na sala e nos contou a noticia mais dura que recebi até hoje - "a vossa colega de turma faleceu.. " - Mais tarde vim a descobrir que ela se tinha suicidado junto com o namorado dela (toxicodependente), que acabou por sobreviver. Ainda me lembro de ir ao velório dela e ver a marca da corda no pescoço e sempre que me lembro dela um aperto eu sinto no meu próprio pescoço. O que realmente aconteceu, quando recebi a carta, foi que eu simplesmente a ignorei; "como poderia alguém gostar de mim? Logo de mim?". Ela procurava um pronto seguro, uma mão que a segurasse, e eu, simplesmente a ignorei. 

Numa aula, antes de irmos para o funeral dela, a amiga leu um poema escrito por ela. Era uma carta de despedida dedicada aos amigos e com palavras dedicadas a mim. Senti como se o coração me tivesse sido arrancado naquele mesmo instante...

A ideia de que uma vida dependia da minha reacção é algo que até hoje me assombra ma que me moldou para a pessoa que hoje me tornei. A culpa que sinto por ter sido um miúdo cobarde, com fraca auto-estima e incapaz de agir obrigou-me a mudar quem eu sou.. para o que hoje eu sou e tento ser. O nome dela nunca o irei esquecer. Irá ficar sempre gravado como lembrança de que eu devo ser bem melhor e que vidas podem depender da minha acção. 

Hoje, olho à minha volta e vejo o quão verdade isso é. As vidas que já mudei e as vidas que ajudo a mudar..e a tornarem-se um pouco melhores. 
Entre outras experiências também importantes durante o curso da minha vida, foi ela que me inspirou a ser quem eu sou hoje. Ela ensinou-me uma lição muito valiosa que jamais irei esquecer.

nostalgia

Uma das combinações mais deprimentes que se pode fazer é talvez a édith piaf com o rainy mood para tentar estudar matemática. Especialmente porque isto me leva outra vez para frança e... oh hell, hoje já estou demasiado triste para ainda me dar ao luxo de ficar com saudades.

Mais cinco minutos disto e espeto a caneta na carótida.

"ide lamber o cu a cavalos!"

Não tinha dado muita importância quando me falaram do filme, mas ontem quando o vi em cartaz não lhe resisti e arrastei os meus progenitores até lá. Pronto, e isto é basicamente para dizer a vossas excelências que arrastem o cu até ao cinema para irem ver os 7 pecados rurais, porque dona lontra - notem, deprimida e tal - garante que se vão rir muito.

Eeeee, para quem for ver, eu já estive no céu. Chama-se quinta dos loridos e vale muito a pena visitar, aquilo é mesmo mesmo bonito. E enorme.

e nos próximos dias também

Contra todas as expectativas, eu nunca nesta vida tinha pedido o menu grande no mcdonalds. Sério. Não que, além dos 50 cêntimos a mais e o meio litro de bebida, se sinta grande diferença, mas sei lá, pedia sempre o big mac médio.

Ontem, e porque me pareceu que a ocasião o exigia, dada a minha deprimência e o meu ar de drogada, pedi o grande. Claro que lá para o meio me esqueci da minha condição e pedi coca cola. Meio litro de coca cola.

Eu não posso beber coca cola por causa da cafeína.
Hoje eu não sou gorda. Hoje eu sou um balão.

patrícia, porque é que és gorda?

Durante o dia de ontem, comi 3 vezes, com um intervalo aí de umas seis horas entre cada uma.
Da primeira vez, forcei-me a enfiar com leite e cereais para o bucho, porque já estava demasiado nervosa para ter fome.
Da segunda vez, muitas horas depois, caguei nos nervos e aspirei um bitoque, porque já estava a sentir-me a desfalecer subnutrida, e quis ter a certeza de que a minha pancinha proeminente era gordura pura.
Da terceira vez, afoguei as mágoas num big mac.

Ora foda-se.

shameful

Minhas alforrecas ranhosas, consegui chumbar no exame de condução.
É verdade. Muitos tentam, mas muito poucos conseguem tal façanha. Estou tão feliz, sinto-me tão especial!

E se eu estava com esperança de passar? Nem por isso. Mas aceitava ter feito merda da grande, se não tivesse falhado essencialmente em coisas que eu tenho noção de que conseguia fazer na boa. Tipo estacionar. E eu nisso sei que até me safava muito bem.

No exame? Ná. Estacionar só mesmo alterando a configuração de tudo o que esteja num raio de 3 km, porque menos do que isso não, não gosto.

Claro que depois deixei o meu lado de menina e menos de alfredo ernesto vir ao de cima e chorei baba e ranho o caminho todo, o que é só estúpido porque pronto, a vida continua e cenas. Hoje já quase que não me apetece cortar os pulsos, mas ainda estou com ar de mocada. 

sexta-feira, 22 de novembro de 2013

pandemónio

Sei que estou em terreno minado quando deixo de conseguir resistir quando olho para ele, e dou por mim a sorrir feita estúpida.

É tudo muito mais fácil quando eu consigo ser a patrícia com ar de cabra. Ou até mesmo a patrícia com ar de croma. Da patrícia com ar de apaixonada não, não gosto. 

180 graus mais tarde

Tenho uma tendência catastrófica para estar confusa. Sei lá. Mais de um ano depois, ocorreu-me que talvez as coisas pudessem ser bastante diferentes do que eu pensava, e agora não sei o que fazer com isso porque a história muda por completo.

E não é uma história, é a história. 
E agora, meus ranhosos, e agora?

genialidade é


Isto.

unholy confessions

Estou a morrer de medo de ter um daqueles meus ataques de pânico absurdos a meio do exame de condução e, sei lá, o examinador pensar que eu sou desequilibrada e que em vez de o estar a fazer perder tempo, devia ir alugar um quartinho no júlio de matos.

Scares the hell outta me.

quinta-feira, 21 de novembro de 2013

cinderela vai às aulas de condução

O drama, o horror, a tragédia.
A verdade é que eu já nem me lembro da última vez que tive uma aula durante o dia, e um gatito bebé decidiu atravessar a estrada de repente. Desviei-me, e bati em qualquer lugar.

Fiquei aflita que eu sei lá, e a perguntar ao homem se eu tinha atropelado o gato. Em vez de me tentar acalmar, começou-se a rir, a dizer que não, que ele só tinha ficado com os olhos esbugalhados e as tripas de fora. Começo a panicar ainda mais. O instrutor resolveu dizer-me que tinha 8 gatos e que ainda ontem o cão dele lhe tinha morto um. Fiquei horrorizada. Ah, ele só queria brincar, mas trincou-o

Afirmei repetidamente que adorava gatos, até ele decidir parar.
Afinal, tinha batido numa tampa de esgoto e o gato escapou ileso. Ou isso ou só lhe queimei uma vida e ele anda por aí meio morto, mas mais vale não falar sobre isso com o instrutor. Oh hell.

nostalgia

Ontem lembrei-me do meu 11º ano. Do teste de química em que, num dos raros momentos de silêncio, alguém se lembrou de começar a cantar desta vez estou mesmo à rasca, e de repente estava a turma toda a cantar o traçadinho.
Foi talvez o pior ano de todos - o meu ano de pita anti-social e desequilibrada, com o pior dos desfechos -, mas, sei lá, fiquei com saudades. Parece que vivi mil vidas depois disto.

pareceu-me bonito

I'm in love with you, and i'm not in the business of denying myself the simple pleasure of saying true things. I'm in love with you, and i know that love is just a shout into the void, and that oblivion is inevitable, and that we're all doomed and that there will come a day when all our labour has been returned to dust, and i know the sun will swallow the only earth we'll ever have, and i am in love with you.

John Green,
the fault in our stars 

perfeição é mais ou menos isto


Eu por acaso também danço muito bem. Coreografias como esta faço eu no aquecimento, por isso imaginem o quão maravilhosa eu sou.

quarta-feira, 20 de novembro de 2013

awkward me

Estava em casa da bicha quando vi o irmão dela, já de pijama e roupão. Não sei ao certo porquê, mas pareceu-me uma boa ideia esconder-me na casa de banho e dizer-lhe que ficava muito sexy de pijama. 

Assim fiz. O que não me ocorreu na altura é que havia sempre a probabilidade de, em vez de ser ele a passar em primeiro lugar, ser a avó.
Foi mais ou menos assim que acabei por sussurrar à avó da patrícia ficas mesmo sexy de pijama!, enquanto ela me olhava com cara de quem temia que eu me tornasse perigosa dada a minha loucura anunciada. Tentei remendar as coisas. Durante uma paragem cerebral, pareceu-me que podia ser boa ideia repetir a frase, desta vez com a avó e o irmão de olhos postos em mim.

Tão cedo não volto lá a casa.

para não dizerem que eu sou má

Soube por um anónimo de um concurso de escrita entre blogs. Em primeiro lugar: obrigada ao anónimo por se ter lembrado de mim. E tens toda a razão, quero mesmo participar.

Quanto a vocês, alforrecas ranhosas, venham todas comigo porque creio que haja espaço para todos no aberto de madrugada.

but i'm a screwed-up person

Entendo desde o primeiro momento o que me está a acontecer - tenho medo, acho que não sou capaz. Quando olho à volta, tudo me parece irreal, como se fosse um sonho e eu tivesse sido emprestada ao cenário por mero acaso. Começo a tremer, a sentir-me tonta. O coração acelera e eu não consigo respirar como deve ser; falta-me o ar, sinto que vou desmaiar, mas penso que estou só a ser parva, que sei perfeitamente onde estou e que está tudo bem. Mas não pára logo, demora sempre um bocado, e isso causa-me ainda mais ansiedade.

Lentamente, começa a passar. Sinto-me sempre um bocado mal quando as pessoas se apercebem - vá, sinto-me sempre mal por ainda não conseguir controlar-me completamente.
Não tinha saudades nenhumas dos meus ataques de pânico completamente sem sentido.

pronto, é

Nunca gostei de gente demasiado domável, demasiado dada a rebanhos. Não sei. Talvez eu seja uma delas - haja quem o negue, eu já nem digo nada - mas continuo a repugnar isso nos outros.

Essa é uma das coisas que mais me custa ver em alguém. Há, por exemplo, um rapazinho em quem eu apostaria muito. Não tudo, mas muito. Aposto que ele conseguia ser mais e melhor do que aquilo que é, não fosse dar-se com gente medíocre. E, lamento, mas é mesmo essa a palavra. Se eu seria melhor companhia? Muito provavelmente, não. Mas há gente que não interessa nem ao menino jesus, especialmente quando parecemos esponjas a absorver personalidades. A deixar que as características dos outros interfiram nas nossas, e destruam aquilo que um dia fomos.

Se eu posso mudar isso? Não, mas gostava. Claro que não posso chegar ao pé do gajo e pedir-lhe que venha comigo porque eu lhe vou salvar a alma, mas sei lá. Se a criatura me desse ouvidos, dava-lhe uma palestra sobre as más companhias e a influência que elas têm em gente como ele.

Como não posso, que se foda. Ele já tinha idade para ter juízo.

patrícia e as charadas

Vou cometer um erro enorme mas, desde o momento em que decidi que o ia fazer até agora, tenho estado a adorar a sensação. Sério. Isto é tão mau que vai ser bom.

cinderela vai às aulas de condução

Eu juro que tenho tentado ser otimista, e confesso que até fiquei toda contente quando, tanto depois de um estacionamento quanto depois de contornar passeios, o instrutor disse que estava ótimo. O problema é que eu continuo com medo de chegar à hora do exame e conduzir tão bem quanto coduzo no gta - sério, sou tão boa que o irmão da patrícia quase me implorou para que eu nunca tirasse a carta.

perfect

Every single day, what you say makes no sense to me
Letting you inside, isn't right, don't mess with me
I never really know what's really going on inside you
I can't get my head around you

terça-feira, 19 de novembro de 2013

dramas de uma vida

Como já disse um trilião de vezes, tenho aulas de aeróbica. Ou seja, se ando gorda que nem um texugo, é só mesmo porque como que nem uma lontra. Ainda por cima, antes ia com a minha prima e era na paz, mas a bicha mudou-se e agora vou sozinha. Escusado será dizer que já há muitos dias em que nem me apetece lá pôr os pés porque não me dou com quase ninguém lá, e só rebolo até ao pavilhão porque... oh hell, sou obesa.

Agora, onde dona prima está, também há aeróbica. E tai-chi. Claro que isto não me fazia grande diferença porque até já tinha experimentado o tai-chi e não gostei por aí além. Ainda assim, ela arrastou-me até uma das aulas dela de tai-chi. Não gostei ao quadrado, conseguiu ser ainda mais entediante do que quando houve uma demonstração aqui perto de mim.

Na sexta, arrastou-me até à zumba, e é aqui que começa o problema. Porquê? Porque eu não tenho vida para ir até lá ter aulas de zumba com ela e a aeróbica já nem me sabe ao mesmo depois daquilo. E, que eu tenha conhecimento, o sítio mais perto onde há aulas de zumba, é estupidamente longe. Estou amuada.

mensagens que não vou enviar

Encontrei o teu twitter por acaso e não aguentei sem ler. Talvez fosse suposto eu ficar triste ou com ciúmes, mas muito pelo contrário - fiquei com um sorriso de orelha a orelha. Porquê? Porque percebi que continuas a pessoa adorável que eu conheci e, de certa forma, isso conforta-me. Mesmo que não o compreendas, ensinaste-me muito durante este tempo. 

Pelo menos, ensinaste-me a acreditar que ainda existem pessoas que valem realmente a pena, e isso vale muito mais do que tudo o resto que aconteceu depois. Sinceramente, já não quero saber. 

Hoje sei que estás bem, e estou a torcer para que tudo dê certo contigo.

curtas

Agora que estamos quase em dezembro, parece-me que já podem acabar com aqueles programas de domingo à tarde, cheios de boa música, e voltar a passar todos os sozinho em casa. E o shrek. E os 101 dálmatas.

A sério, estão perdoados.

tenho um ótimo feitio

Tenho uma relação de amor-ódio com o inverno. Isto porque eu até que gosto do tempo mais fresco, e da lareira a arder, and so on, mas odeio ter de andar vestida com três mil camadas de roupa para me sentir quente. É que depois eu, como lontra que sou, pareço ainda mais lontra porque ando ali toda enchouriçada e com a sensação de que, se cair, será necessária uma grua para me tirar o cu do chão.

É só.

my parents raised a weird child

O meu problema é que praticamente só me dou com gajas magras. Não, o problema não é esse - é que as gajas magras com quem eu me dou, comem mais do que eu, que sou a lontra obesa do grupo. E depois eu fico ali, a tentar não me mexer muito para não causar mais nenhum terremoto na china, enquanto elas, todas magras e com tanta vontade de mexer o cu quanto eu, comem este mundo e o outro. E conheço outra, esquelética, que se preciso for ainda vem comer o que eu já não consigo também.

Sou demasiado fantástica para caber num pacotinho pequenino, só pode.

sweet sixteen

Don't even ask, mas acabei de me lembrar do dia, ou vá, da noite em que, durante um delírio muito pouco justificável, me declarei. No chat do fb.

E não, não fiz juras de amor eterno nem disse que queria ter filhos dele, e netos e o caralho, mas a minha declaração do amor mais puro que em mim havia, incluía frases inspiradas tipo «já toda a gente sabe que eu sou louca». Mais ao estilo de pronto amigo, eu definitivamente não bato bem dos cornos, mas não te preocupes com isso porque já não és o único a perceber. É mesmo na boa.

Agora isto quase que me dá vontade de rir, mas ainda tenho vontade de bater com a cabeça nas paredes e voltar atrás para dar um par de estalos a mim mesma aos 16 anos. Nem tenho coragem para reler aquela merda, antes que acabe por ligar para o hospício para me virem buscar. Não sei mas, definitivamente, não andava pura.

Quanto ao gajo? Partiu numa expedição em busca dos próprios colhões. Pode ser que quando voltar me responda.

segunda-feira, 18 de novembro de 2013

and a happy new year

Eu juro que já fui uma pessoa menos amarga que adorava viver a noite do nascimento de nosso senhor, ámen, porque havia comida a noite inteira e presentes à meia noite, mas agora começo a fartar-me do natal antes mesmo de chegarmos a dezembro.

Isto porque eu já não posso ver pais natal à frente, e fitinhas e bolinhas e o diabo a quatro. A sério, não. Cá em casa, só fazemos a árvore de natal em dezembro, porque me parece que passar 3 meses com a casa enfeitada por causa de uma noite é meio nonsense. Já para não falar de que se torna ligeiramente ridículo venderem-se aqueles calendários do advento com chocolates, que supostamente se começam a comer no dia 1 até ao 24 de dezembro, a partir de outubro.

Era por  isto que eu em pequena comia uns três ou quatro desses. Assim, uma ou outra vez, lá calhava ainda ter um chocolate desses na noite do 24.

esmiuçando os pensamentos de uma mãe

Nunca percebi a teoria da minha mãe de que se eu não usar casaco, vou congelar. Sério.
Às vezes tenho a sensação de que ela não se ia importar que eu saísse de casa, em pleno inverno, unicamente com um casaco vestido. Agora, sair de casa só com oito mil camisolas vestidas? Nada disso, menina, leva o casaco senão entras em hipertermia.

divagando.

Aprendi a não subestimar o poder do acaso quando me apercebi de que um encontro mais ou menos ocasional mudou tudo. Absolutamente tudo. 

Bastou pouco mais do que um par de horas para mudar tudo o que eu levei meses a construir. E isso assusta-me pra caralho, claro está, porque passou mais de um mês e eu ainda não sei o que raio se passou aqui. Nem tão pouco consigo assumir sequer o que percebi nesse dia.

find what you love and let it kill you

Esqueci-me de que também gostamos das pessoas que nos magoam. Talvez até gostemos mais - porque não teriam o poder de nos magoar se não gostássemos, e o sentimento não desaparece assim. Esqueci-me de que é possível gostar do que nos consome lentamente, e que, estranhamente, às vezes é mesmo disso que se gosta mais.

Como as borboletas que são atraídas para a luz, mesmo que isso as mate - ao menos, quase que aposto, morrem felizes.

idek

Posso ter conversas que não lembram a ninguém, assumir sem pudor coisas que talvez nem devesse dizer em voz alta, contar as histórias mais escabrosas da minha infância... mas entretanto, a patrícia, que é a patrícia e me conhece quase melhor do que eu, lembrou-se de perguntar às vezes não te imaginas aconchegadinha a ele?

Disse-lhe que não. Enterrei os cornos na cama e esperei que ela não se reparasse que o meu momento avestruz queria dizer alguma coisa. É sempre um bocado fodido quando alguém consegue perceber o que não é dito.
Falece.

cinderela em busca de uma profissão

Estive a pensar e acho que já não quero ser stripper. Parece-me que a minha felicidade passa por uma carreira como dominatrix. Sei lá. O que é que me podia fazer mais feliz do que ser paga para ser má como as cobras?

Assim de repente, só se for ser limpa sanitas mesmo. Na disneyland.

e eu nem gosto por aí além dos muse

I tried to give you up, 
but i'm addicted.

mensagens que não vou enviar

Não sei se algum dia te apercebeste de que adias sempre a hora da partida - a não ser que saibas que eu vou estar no ponto de chegada. Até quando?

domingo, 17 de novembro de 2013

problemas de ser eu

Tenho todas as provas na mão, mas continuo a acreditar no que quero porque me parece mais seguro ser pessimista, e não há argumento que me convença de que talvez as coisas não sejam assim tão más. Palmas para mim.

é uma pena não dar para comentar




Isto não é estranho, é fofo pra caralho. 
Menos um cabrão no mundo, ámen.

sábado, 16 de novembro de 2013

não disse

Ainda não percebi como, mas tenho menos tempo este ano do que quando tinha mais disciplinas. Ou isso ou menos paciência, mas admito - mea culpa - que não tenho prestado atenção a blogs nenhuns. Nem àqueles que lia regularmente, nem a outros. Sempre fui uma seguidora horrível, mas isto anda pelas ruas da amargura.
Agora, consegui constipar-me outra vez. E voltei a devorar livros. É só.

patrícia, porque é que insistes tanto em tentar atar pontas soltas?



Por isto. Porque tenho medo disto.
Não quero sequer imaginar-me a escrever um segredo assim daqui a 10 ou 15 anos. Quero o meu passado resolvido desde já, sem reticências, sem pontos e vírgulas. E se isto faz de mim alguém chato? Provavelmente. Lamento.

não é à toa

Possuir esse amor que não significa nada para nós é diferente de perdê-lo. Porque, mesmo se perdemos algo que não compreendíamos, não o voltaremos a ter e isso é terrível.
Albert Espinosa,
tudo o que poderíamos ter sido tu e eu se não fôssemos tu e eu

pretty good advice

- Tens de compreender que esse amor não desejado, esse desejo não correspondido, é uma grande oferta que te fazem - disse-me numa longa viagem de comboio entre barcelona e paris -. Não o desprezes simplesmente por não te ser útil.

Albert Espinosa,
tudo o que poderíamos ter sido tu e eu se não fôssemos tu e eu

isto

Descobri um site que gera um estado a partir do historial do fb. Okay, isto consegue ser hilariante.









patrícia, o repelente de pénis, parte mil

Não sou propriamente boa a socializar, mas se me falarem de livros, o difícil é calarem-me. Então ontem veio um rapazinho perguntar-me o que estava a ler. Disse-lhe que era o tudo o que poderíamos ter sido tu e eu se não fôssemos tu e eu, que era a terceira vez que o lia num ano porque o achava absolutamente genial, que adorava o harry potter e que já só me falta reler o último livro, que choro agarrada aos do nicholas sparks.

Ele ficou a olhar para mim como se eu fosse um allien. Acabei por dizer o que digo sempre: ahhhh... eu sei que sou um bocado estranha. Pois, já reparei.

Então tá.

preciso de vocês

Acabei de descobrir que supostamente os comentários entre os dias 11 e 16 de outubro foram todos apagados por mim. Ok, não foram e eu não entendo como é que isto aconteceu.

O blog também já vos andou a apagar comentários assim à toa?

das pessoas que escrevem tão bem que me fazem perder a coragem de escrever

A distância entre dois corpos não apaga, nem nunca apagará, as memórias. Tentamos convencer-nos que o tempo acaba por eliminar aquilo em que não queremos pensar, mas depressa percebemos que isso nunca irá acontecer. Nada consegue destruir o passado, aquilo que vivemos e sentimos; Nem mesmo nós. Há coisas indestrutíveis; E a nossa história é uma delas.

na margem

Li um dia que a verdade só significa alguma coisa quando é difícil de admitir. Acabei por comprová-la da forma mais amarga possível - uma encruzilhada. É como se eu mesma não conhecesse a verdade sobre mim, mas qualquer uma das hipóteses, fosse inconcebível.

A confusão que vai nesta cabeça, oh deus.

boa boa

Fazem-me sempre uma certa confusão os barulhos que fazemos. Não sei se me consigo fazer entender, mas estão a ver aquele barulho que as pessoas fazem a comer? Tipo língua-a-bater-nos-dentes-e-no-céu-da-boca, que lembra muito os velhos a brincar com a placa? Tira-me do sério. Juro, irrita-me pra caralho.

Ora, eu sou mesmo esquisita com estas coisas. Mesmo mesmo. Então, hoje sô dona lontra texe explicação com mais 3 criaturinhas. Tudo bem, não fosse ter-se dado o caso de a minha barriga ter iniciado um protesto a meio, enquanto estávamos em silêncio. Todos. Em. Silêncio.
E eu nem sequer tinha fome.

Ainda por cima, o gajo que estava ao meu lado é giro que dói. Balhamenoussasenhoura.

sexta-feira, 15 de novembro de 2013

ironias.

Passei o dia a coçar o cu. Sério. Tinha intenções de estudar durante à tarde, mas os ventos não estavam propícios a tal, e não só não estudei um caralho como fiz questão de impedir que a patrícia o fizesse. 

Para compensar, passaram-me a aula de condução das 18h para as 19h, só naquela de meterem sô dona lontra a mexer o cu, porque cheguei a casa depois das oito e às oito e meia já tinha de estar noutro sítio. Pelo meio, jantei e mudei de roupa. Fantástico.

Agora perguntam - onde foste, lontra? Zumba.
Uma aula de zumba.
Todos os santos músculos do corpo a doer.
Muita vontade de repetir.

É só.

problemas no paraíso

Começo a achar que, com o meu stôr de física e química, nem no ano 3146 eu vou ter a disciplina feita. Claro que podia mudar para qualquer uma das outras duas turmas o que, confesso, já me passou pela cabeça um trilião de vezes, quanto mais não seja porque ficava com um horário bem melhor e escusava de passar tanto tempo a coçar o cu na escola.

O meu problema é que há mais duas turmas de 11º; uma delas é automaticamente excluída porque tem as mesmas stôras que me chumbaram no 11º - e digo isto porque a) a de matemática faz todos os santos testes tipo exame, e ou as pessoas percebem alguma coisa daquilo ou podem esperar sentadas até passar, e b) chumbei a física e química, essencialmente, porque a stôra não gostava de mim. E não, não era boa, mas vi muito boa gente tão má ou pior do que eu a passar. A outra, pelos vistos, tem um stôr bastante mais brando do que o meu, mas é excluída porque me cheira que os meus coweguinhas me iam fazer a vida negra. Com isto, ainda não decidi se corto os pulsos ou se fujo para o paquistão.

ironias da vida

Acredito que existam neste mundo muitas pessoas que desejassem ardentemente ficar em casa hoje, mas que não ficaram porque têm aulas. Lá pelo meio dessas pessoas, existe a patrícia. Hoje só vim para a escolinha porque não me apetecia estar em casa, com a desculpa da aula de condução. Claro que a podia ter desmarcado e dormido o dia todo, mas não me apeteceu. Além disso, em casa não ia estudar, e ao menos aqui eu pelo menos tento. Menos mal.

don't even ask why

Ela estava à espera de alguém; o seu olhar procurava e voltava a procurar em centenas de direções. Os seus olhos percorriam corpos, peles, passos... Estava ansiosa, esperando que chegasse a pessoa com quem se ia encontrar. E eu, do meu sétimo andar, não conseguia deixar de olhar para ela.
Havia algo na sua espera, na forma como esperava, que me chamava poderosamente a atenção. Não sou de me apaixonar, como já lhes disse, nunca o fiz.
Acredito pouco no amor e bastante no sexo. Mas aquela rapariga tinha algo tão estranho na forma como esperava, como colocava as pernas, como se movia, como procurava, que tinha despertado um sentimento novo em mim. Talvez estivesse a ser demasiado épico.


Albert Espinosa,
tudo o que poderíamos ter sido tu e eu se não fôssemos tu e eu

também é verdade

Mas não lhe disse que era a pessoa que mais tinha amado e por isso perdi-a. Há muitas coisas que se fossem pronunciadas em voz alta revelariam segredos de uma intensidade que talvez não conseguíssemos assumir.

Albert Espinosa,
tudo o que poderíamos ter sido tu e eu se não fôssemos tu e eu

quinta-feira, 14 de novembro de 2013

on highway to hell

Ainda não entendi ao certo porquê, mas do nada um gajo começou a meter-se comigo nos últimos tempos. Hoje decidiu que estava na hora de se vir sentar ao pé de mim quando eu estava com a bicha. 

Claro que ela, armada em fofinha, lhe falava toda contente. Eu não. Senti o pequeno demónio que habita dentro de mim a querer emergir e tornei-me na minha versão mais cabra. Okay. Nada de mal. Depois ele queixou-se de que eu falo muito baixo, e como eu estava a chamar-lhe bicha em média 6 a 7 vezes por minuto, lembrei-me da resposta intemporal (e imatura, sei) do levar no cu faz surdez

Calei-me a tempo de evitar a minha ida para o inferno. O gajo é mesmo surdo. Literalmente surdo.

sem título

Apercebeu-se com o tempo de que havia alturas em que não conseguia tirar os olhos da foto dela, e outras em que se sentia incapaz de a olhar. Não o fazia por mal - chamemos-lhe instinto de sobrevivência. De cada vez que a olhava, sentia-se como que trespassado por uma dor lancinante que não conseguia identificar; sabia que estava errado. 

Não que tivesse sido infeliz, entenda-se, porque não foi. Gostou da mulher, teve filhos, uma casa grande e um cão. Passando todos os anos em revista, pode considerar-se que teve uma boa vida - mas não a vida que desejava ter tido. De vez em quando, abria última gaveta da secretária, e escondida entre duas páginas de um grande livro velho, encontrava a única recordação que tinha daquela que me atrevo a dizer ser a mulher da vida dele. Retira-a com cuidado, observa-a mais uma vez; duas gotas gordas rolam-lhe pela face. Já passaram tantos anos. Soubesse ele que nunca a esqueceria. Soubesse ele que podia ter sido mais feliz se tivesse tido a coragem de não a deixar ir naquele dia.

Nem adeus lhe disse. Também nunca lhe disse que era e seria sempre a única mulher que amou na vida. Mas foi  - ele é que o descobriu tarde de mais.

tempo perdido

O mundo torna-se realmente chato quando toda a gente à vossa volta parece feliz e contente, tudo casalinhos felizes, e vocês estão ali, a odiarem-se a vocês próprios e mais desapaixonados do que nunca, porque aqueles eu-ia-lá-e-não-voltava-mais não são suficientes sequer para dar piada aos dias. Enfim. É mais ou menos assim que eu ando.

Isso e saudades. O problema é que nem sei bem de quê.

nicely done, patrícia

Contei a uma amiga sobre o stalker de serviço. 
Ela falou com um amigo que eles têm em comum sobre mim.
Não sei porquê, cheira-me que dom stalker sabe ou vai saber de tudo.
Também não sei porquê, mas parece-me que a criatura vai ficar ainda mais convencida de que gosto dele.

Uhmuhm, claro claro.

quarta-feira, 13 de novembro de 2013

mas a cinderela está-se mesmo a borrar com o exame de condução e já não pensa noutra coisa

Nunca consegui perceber qual é a intenção de se pendurar metade da casa no espelho retrovisor dos carros. A única função daquilo deve ser fazer uma tentativa frustrada de hipnotizar os passageiros e levá-los para um daqueles países mafiosos para fazer tráfico de orgãos.

Contudo, e não vá o diabo tecê-las, acho que mal tenha um carro, vou comprar um terço e pendurá-lo no espelho, tipo camionista machona. Não sei, mas com a esperança que eu tenho em passar no exame, acho que vale mais ter desde logo como regra número um só transportar pessoas que saibam rezar. Vão precisar.

(okay, just kidding. i'm not that bad)

cinderela está com medo do exame de condução

Se um amigo meu tiver chegado ao pé de mim e me tiver dito descobri que a minha stôra chumbou três vezes no exame de condução, lembrei-me logo de ti!, devo preocupar-me?



deeply sad

Vou deixar uma nota mental para não me esquecer de nunca mais nesta vida pegar num livro do nicholas sparks porque estes cinco já foram mais do que suficientes para perceber que o homem tem uma qualquer tendência para deixar as pessoas à beira da depressão.

Não menos importante, convém que me lembre de não voltar a meter-me a ler em autocarros, comboios, ao cantinho nas escadas ou em qualquer outro sítio frequentado por pessoas, quando o livro em questão for daqueles que eu saiba à partida que lá para o meio me vão deixar a chorar baba e ranho de forma muito sentida, sob pena de perder o estatuto de cabra insensível.

Ainda rezo para que ninguém tenha reparado.

mais ou menos isto

Metade do tempo, eu estou com fome, e na outra metade eu estou a comer.

contradizendo

Acho que começo a gostar um bocadinho de pessoas. Palavra de honra. O que há é que, quanto mais gosto de algumas, mais me apercebo do quão detestáveis são as outras, e então volta a ficar perigoso.

guilty pleasure

Há uma pita lá na escola que eu não suporto. Esperem - uma pita que eu não suporto é a piada do ano. Mas pronto, há uma a quem eu dedico um ódio de estimação especial, porque a miúda me come com os olhos, e é toda cheia de manias. Sério. E nisto eu quase que dou graças a deus por me ter deixado saber que sou gorda e feia, porque viver na ignorância como ela deve ser complicado.

Ontem disseram-me que a miúda tem toda uma plantação de piolhos na cabeça. Fiquei feliz.

cinderela vai às aulas de condução

Ainda gostava de perceber porque é que às vezes eu pareço conduzir que nem uma camionista machona com 30 anos de experiência por essas estradas, e outras parece que é a primeira vez que pego num carro. Mas era só mesmo isso, obrigada.

terça-feira, 12 de novembro de 2013

aguenta-te, patrícia.

O que há com as questões mal resolvidas é que nunca se esquecem completamente. Podem ser enterradas durante uns meses, uns anos, mas nunca para sempre. Mais tarde ou mais cedo, quando menos se espera, elas voltam, ainda mais intensas, ainda mais confusas. E então descobre-se o que se escondeu durante tanto tempo.

E as dúvidas mantêm-se. E se? 

reflexões de uma mente perturbada

Não tenho conseguido dar dois passos certos. Sinto-me mais ou menos como se estivesse a avançar três casas, e a recuar quatro - às tantas perdi-me no meio de um jogo que nunca soube jogar.

Não sei o que se passa aqui. Não sei o que se passa comigo. Tenho posto em causa tudo aquilo que um dia tomei como certo, e é como se me tivessem puxado o tapete debaixo dos pés e me obrigassem a equilibrar-me sem ter onde me agarrar. Não sei para onde ir, para onde me virar, e essas duas palavras que agora parecem ter virado o mote da minha vida, aterrorizam-me. Não sei. Não sei de nada. Não sei para tudo.

E se me perguntarem porquê, nem a isso vou saber responder. Não há respostas possíveis, e isto tanto me encanta quanto me faz querer fugir desta situação toda o mais depressa possível. Talvez o truque esteja em parar de fazer perguntas. Sei lá eu. Talvez seja melhor deixar-me ir sem pensar no que vai acontecer a seguir. Mas não sei fazê-lo, nem sei se deva. Foda-se.

breathe in, breathe out

Ainda nem tenho a data certa do exame de condução e já ando a panicar. Tenho tanta esperança de passar que estou a rezar para que me calhe um examinador distraído, daqueles que uma pessoa passa vermelhos, sobe passeios, atropela 8 pessoas e ele no fim sorri e diz sim senhor, conduz muito bem. Passou no exame.

Isso sim, era história.

gente gente gente

Sempre que eu estou sozinha em casa, os meus avós ligam-me quase de meia em meia hora só para terem a certeza de que continuo a respirar e não incendiei a casa. Então, as conversas resumem-se mais ou menos a um então e estás bem? já comeste?, não fosse dar-se o caso de me ter esquecido de comer. Ou de arrotar depois do biberão.

Claro que a minha avó é ainda mais à frente. Liga cá para casa e pergunta ainda não estás a dormir?, com aquela voz de quem está realmente surpreendida. Acho que ela ainda não percebeu a essência dos telefones.

o diário da nossa paixão,

Ele define-a como um poema vivo. Por breves instantes, tão breves que poderiam facilmente ter passado despercebidos, eu dei por mim a pensar no quão bom seria se eu fosse essa pessoa - a tal que só é equiparável a poesia, em qualquer momento, em qualquer movimento. E tu o poeta. O poeta apaixonado pelo poema vivo que sabe que jamais conseguiria escrever - mas, ainda assim, o poema da vida dele. 

Mas não sou isso. Não és aquilo. Somos dois pedaços de barro à espera de um par de mãos que decida o que fazer connosco. Arte. Artistas. Isso não é para nós. E que tudo corra melhor desta vez.

ai a puta da minha bidaaa

Desde que o meu telemóvel sofreu um ataque persecutório de loucura e decidiu cometer o suicídio a meio da noite que tenho tentado aguentar-me com a falta que ele me faz. Substitui-o por um dinossauro. 

Claro que a merda do telemóvel me enerva pra caralho porque não tem memória nenhuma e passo mais tempo a apagar mensagens do que realmente a enviar ou receber, e acabei por dar por mim à procura de todos os dinossauros da casa. Há um que me parece aceitável. Um único.

É o que não liga. Ora foda-se.

bring it on,

Get a life, get a motherfucking life!
You don't wanna see what i can do, when i'm nice!
You don't wanna be my enemy, i promise you!
If you do, motherfucker bring it on!

segunda-feira, 11 de novembro de 2013

para quem me obedeceu,

Vejam a mulher e vão conseguir perceber porque é que eu e a patrícia nunca sabíamos para quem é que ela estava a falar. A mulher tem um olho no burro e outro no cigano. E sim, fala sempre tanto quanto parece ali.

querem conhecer a mitica stôra de português?

Metam na rtp 1 e percebam porque é que tive tanto medo dela durante 3 anos!

apercebi-me

Tudo à minha volta parece estar impregnado com o meu perfume. O quarto, o escritório, a minha mala,  as minhas canetas, o sofá da sala. E o estranho é que eu nem nunca cheguei a estar no sofá da sala com este perfume. Passa-se aqui qualquer coisa de errado.

isto é tudo muito bonito

Mas ó moço, não havia forma menos dolorosa de lutares contra a apatia do que pregares os colhões ao chão?

lá está

Digam o que disserem, estou quase certa de que a mulher que desistiu da ideia de ir abrir pernas e depois pariu um fóssil, sofria dos mesmos traumas que eu. Ela quase que o ia ter, mas depois pensou melhor e percebeu que não lhe apetecia por aí além ter um puto a arrotar a leite azedo e a fazer birras no supermercado, então inventou uma desculpa e deixou-o a amadurecer mais uns tempos.

Bem... pelo menos agora pode metê-lo em cima da televisão da sala a fazer de bibelot e mostrar às amigas como tem um puto sossegadinho.

(isso e eu a ir para o inferno, já sei)

a sério

De cada vez que sou obrigada a passar mais do que meia hora com as primas, informo os meus pais de que vale mais perderem a ideia fofinha de um dia virem a ter netos, ou então começarem a pensar em fazer outro filho, porque aquelas duas fazem-me ter a sensação de que nunca nesta vida eu vou querer abrir pernas para deixar passar um monstrinho de berço.

domingo, 10 de novembro de 2013

360 graus depois

Passe o tempo que passar, onde quer que eu vá, vou acabar sempre por voltar. E tu também. 

180 graus depois

Alguém leu hoje um post, escrito há meses atrás, em que eu jurava vingança ao rapazinho. Agora até tenho vontade de rir ao reler aquilo. Ainda me pergunto se eu acreditava mesmo naquilo, ou se estava só a tentar convencer-me. 

O pior é que acho que acreditava. Tão estúpida, patrícia, tão estúpida. 

the love i wish,

Como poderia escolher um momento em vez de outro? Os poetas muitas vezes descrevem o amor como uma emoção que não podemos controlar, uma emoção que abafa a lógica e o senso comum. Foi o que aconteceu comigo. Eu não planeei apaixonar-me por ti, e duvido que tenhas planeado apaixonares-te por mim. Mas uma vez que nos encontrámos, ficou claro que nenhum de nós podia controlar o que estava a acontecer. Ficámos apaixonados, apesar das nossas diferenças, e assim que isso aconteceu, algo de raro e maravilhoso foi criado. 

Nicholas Sparks,
o diário da nossa paixão 

the man i love,

Não conseguia lembrar-se de mais ninguém que sequer remotamente se lhe assemelhasse. Ele era complicado, quase contraditório em tantos aspetos, porém simples, uma combinação estranhamente erótica.

Nicholas Sparks,
o diário da nossa paixão 

alforrecas, quero saber mais.

Passo mais tempo do que me orgulho na humans of new york. Não sei, mas a junção de uma foto de uma pessoa escolhida ao acaso com uma parte da história da mesma, aguça-me uma curiosidade desconhecida, um interesse mais forte do que por qualquer outra pessoa que conheça, e fico com vontade de as conhecer e de lhes fazer mais perguntas. 

Tenho pelas pessoas um amor-ódio inexplicável, e sinto uma atração infinita por aquilo que não conheço. Deve ser por isso. Às vezes também tenho vontade de perguntar a desconhecidos quais são os sonhos, os medos, o momento mais feliz ou aquele em que acharam que iam morrer de sofrimento. E não por querer saber de tudo, por ser cusca, mas porque me interesso mesmo pelas pessoas e pela forma como, por mais histórias que me contem sobre elas, não passarão de fragmentos de uma vida que eu nunca vou conhecer por completo. E isso fascina-me, sei lá. Quem sabe a necessidade de pensar numa resposta não as levasse a sítios onde nunca estiveram antes? Quem sabe se não encontro pontos fracos que nem elas conheciam? Não sei, mas de alguma forma, eu acredito mesmo nisto.


(posto isto, os comentários a este post estão à vossa disposição para deixarem, anonimamente ou não, qualquer coisa que queiram dizer. qualquer coisa mesmo. uma história antiga, um medo de sempre, o que pensam sobre mim, sobre o blog, o que mais gostam de comer, idfc, um bocadinho de cada um, seja o que for. se não quiserem, tudo bem na mesma, só me pareceu que o resultado podia ser interessante)

desespero é

Sei que não vim para aqui com as expectativas muito elevadas quando trouxe na mala o diário da nossa paixão, o harry potter e os talismãs da morte e ainda o tudo o que poderíamos ter sido tu e eu se não fôssemos tu e eu, porque estou mortinha por o reler.

Lado bom: não fiz um caralho este fim de semana, a não ser ler.

Lado mau: as monstrinhas torturam-me com cerca de 9278392 beijinhos babados por segundo; a gata pequenina, estava a dormir ao meu colo há imenso tempo, até terem decidido começar chateá-la, pelo que tenho uma mão toda arranhada, parece que venho da guerra; tenho tido demasiado tempo para pensar e está a ter um resultado incrivelmente mau.

Silêncio. O quanto eu gosto de silêncio.

sábado, 9 de novembro de 2013

unholy confessions

Chamem-me paranóica, mas eu sou o tipo de pessoa que repara imenso nas vozes das pessoas. I mean, mesmo no timbre - já disse que adoro vozes roucas? O problema é que eu vivi quase 18 anos a achar que tinha um vozeirão de meter medo ao susto, até que descobri que tenho voz de pita, irritante que só ela, e com um timbre estranho que nem chega a ser rouco mas anda lá perto. É estranho mesmo.

E qual é o drama? Detesto-a. Para variar e como a praticamente tudo o resto em mim. E depois fico paranóica com isto, do tipo oh deus, estão a ouvir-me falar e a reparar no quão estúpida e irritante a minha voz é. Sim, eu penso mesmo isto. Precisava de o dizer em algum lugar, é só.

faleçam

O meu drama é mais ou menos este:
1. de cada vez que estou com os meus primos, passamos graaaaande parte da noite acordados;
2. eles passam a noite a beber café;
3. eu adoro café;
4. eu não posso beber café.

Vou cortar os pulsos.

(e não me sugiram descafeinado porque isso não sabe a café, boa?)

reflexões de uma mente perturbada

Percebi que passo a maior parte do meu tempo a tentar arranjar uma equivalência racional para tudo quanto sinto. E isso é inútil e induz ao erro absurdo de crer que não se pode gostar do que se gosta, porque isso não tem sentido nenhum. 

Talvez nunca tenha sentido mesmo. E o pior que se pode fazer, é mascarar os sentimentos de forma a que seja mais fácil de explicar ou de entender. É preciso aceitar que às vezes se gosta mesmo do incerto, do improvável, do absurdo.

De nada adiantou comparar, perceber que nada de bom vinha dali e que eu conheço pessoas muito melhores, porque gostar de alguém não é como comprar um carro. Não se comparam as características, o preço, para se escolher o melhor. Gosta-se e pronto. Mesmo que não valha nada, mesmo que só traga problemas. E agora entendo: foste sempre tu. Este tempo todo, nunca deixaste de ser tu.

unholy confessions

Eu devo ser a criatura menos féshón da zona, e a verdade é que não ligo muito a essas coisas e até sou mais pela simplicidade e tudo e tudo, mas derreto-me com rapazinhos de camisa. Vá, depende dos rapazinhos. E das camisas. 

Pronto, reformulando: o rapazinho fica muito bem de camisa. Muito mesmo. É só.

short horror story

Eu, o fim de semana todo enfiada no caralho mais velho com duas monstrinhas. Desprovida do meu pobre android que se suicidou por ser vítima de maus tratos, tenho como companhia um dinossauro que nem à net me deixa ir.

Estou dependente da bondade alheia para continuar a comunicar com o mundo, prometo tentar deixar posts agendados para cobrir a minha ausência a fim de vos causar o menor sofrimento possível, mas nem isso consigo prometer tendo em conta que até já estou atrasada e continuo aqui. Não chorem, eu volto. Torturada, mas mais tarde ou mais cedo, volto.

sexta-feira, 8 de novembro de 2013

juro

De cada vez que falo com o rapazito, arrependo-me ainda mais por quase o ter corrido com paus e pedras só porque achava que ele andava a gozar com a minha cara. Afinal, não anda. É só o gajo mais sem maldade de sempre, e a criatura mais awesome que conheci nos últimos tempos. No joke.

Quem diria que eu ainda ia simpatizar com um moço dois anos mais novo. Oh deus. Ainda hei de ficar simpática e sociável.

Talvez o facto de partilharmos uns quantos ódios de estimação ajude. Não sei, não sei.

números históricos

Bem vindos, meus pequenos diabos.

cinderela vai às aulas de condução

Escusam de perguntar o dia, mas tenho a dizer-vos que já marquei o exame. Contra minha vontade, como é óbvio, porque sinto-me tão preparada para o fazer quanto para me atirar do topo do empire state, e estou com a incrível sensação de que vou chumbar.

Breathe in, breathe out. Não há santo que me ajude pá.

idek

Apesar de toda a minha desconfiança na existência de um deus, acho super querido quando conheço alguém que acredite mesmo a sério. Ok, não me refiro àquelas pessoas que estão sempre com as tretas do passo se deus quiser, como se deus quiser, vou se deus quiser, porque isso irrita-me profundamente. Mas gosto muito dessas pessoas que têm uma admiração quase secreta por ele, que acreditam e que o admitem sem problemas. Acho que as invejo um bocadinho até. Quem  me dera ter onde me apegar de vez em quando.

ups, i did it again

A prova de que eu não ando pura e de que o meu blog é muito pouco recomendável, é que aqui, eu, patrícia, cinderela, alfredo ernesto, como me queiram chamar, vos confesso que sou absolutamente estúpida. Num acesso de estupidez, comentei isto:



Por acaso, também me acontece. É horrível... sinto-me sempre desprovida de genitália de cada vez que tento frequentar um. Quem me dera ter um pénis maior.

E sim, assinei como patrícia.
Já nem para o inferno vou porque nem o diabo me quer.

ouch

Vou passar o fim de semana todo com duas monstrinhas insuportáveis que por acaso são minhas primas. Ok. Só não emigro para o paquistão porque ao menos elas têm uma gata e isso é meio caminho andado para eu ficar caladinha e feliz que nem um puto acabado de mamar.

weirdos

Um amigo meu estava a falar mal de um monglóide que eu conheço a uma rapariguinha, e a moça toda convicta a dizer que sim, que ele era um mongo retardado, que primeiro que se mexa é preciso pedir uma licença à câmara. Awn. O problema é que eles estavam a falar de mongos diferentes. O problema é que o mongo de quem ela estava a falar... é só o rapazito por quem sô dona lontra tem uma panca.

É um bocado mau que ele seja tão equiparável ao outro. Sério. É que eu acho-o estranho pra caralho e agora não sei o que fazer com esta informação. Cortar os pulsos, talvez.

às vezes torno-me acessível

Há um rapazito lá na escola que começou a falar para mim do nada. Pronto, não foi do nada porque eu não sou a pessoa mais sociável do mundo, mas estávamos com amigos comuns e ele apresentou-se.

O problema é que aqui a patrícia é gente desconfiada que andava convencida há um século e meio que o tal gajo não gostava nada dela, e então ficou a achar que aquilo trazia água no bico. Juro. Achei que o facto de ele ter começado a sorrir-me sempre que me vê e até me ter vindo cumprimentar e tudo e tudo, era uma maneira de a criatura gozar comigo secretamente. 

Agora percebi que não. Ele é mesmo tolo e, mais do que amigos em comum, temos um ódio de estimação pela mesma pessoa. Não sei, mas só por aquela oportunidade de a dissecar mentalmente de cada vez que falo com ele, já subiu mil pontos na minha consideração.

pequenos milagres

Nunca achei que fosse possível, mas acho que lhe está a crescer um par de colhões. Agora é rezar para que não lhe caiam outra vez, porque começa a ser um bocado chato ter de ser eu a assumir o papel de macho para tudo. Valha-me deus. Aquilo ainda nem deve ter percebido muito bem para que é que serve a pila.

mensagens que não vou enviar

Se estás à espera que seja eu a render-me, podes esperar sentado porque já tens mais do que idade para desenvolver um parzito entre as pernas e aprenderes a resolver os teus problemas a falar. Ainda que me tenhas vindo a surpreender bastante. Mas, por favor, não desistas agora.

quinta-feira, 7 de novembro de 2013

estupidez também é

Não sei ao certo porquê, mas no outro dia deu-me na cabeça que também tinha de ler o diário da nossa paixão, porque toda a gente adora aquilo e eu me sinto alienada por não ter achado o filme nada por aí além. Ou isso ou porque 4 livros do nicholas sparks a chorar baba e ranho não me chegaram. Não. Vamos só ver se desta vez ele não mata ninguém.

isto

Ando com umas variações de humor tão absurdamente repentinas que às vezes nem eu me aturo. E então, num momento sô dona lontra está a morrer a rir e no momento a seguir está ali, enrolada ao cantinho com vontade de chorar por portugal ter perdido a final do europeu contra a grécia em 2004. Ok, não, mas anda lá perto. 

Claro que eu sei que daqui a uns 2 ou 3 dias o mundo volta a parecer-me um sítio aceitável para se viver, mas estou a passar pela fase dramática de qualquer mês. Aguentem-se.

felicidade é

O teste não correu tão mal quanto achei que correria - sempre consegui escrever mais do que o meu nome e a data, o que é bastante positivo -, mas ainda assim foi uma merda como o previsto. Depois disso ri pra caralho, e a seguir chorei pra caralho também, mas okay. Cheguei à conclusão de que as únicas coisas boas do dia foram o frango ao almoço e o lanche chulado à bicha.

Cheguei a casa e o jantar é bacalhau com natas. Só a comida não me desilude. Pronto, o mundo voltou ao eixo certo.

o drama

Só depois da morte do meu telemóvel é que percebi o quanto me faz falta o meu rico android. Agora ando com um dinossauro que faz mais barulho a escrever do que eu sei lá. Boa, boa.

quarta-feira, 6 de novembro de 2013

a continuação do conselho da mana

Para completar o conselho da wild bicha, tenho ainda a dizer-vos que os únicos lábios que vale a pena realçar são aqueles que vos servem de contorno à boca, e para isso um bom batom basta. Não precisam de puxar as leggins até às mamitas, boa? 

só para esclarecer.

Isto é um bocado triste, mas o anónimo deixou-me a pensar em qual seria a imagem que cada um de vocês tem de mim. E depois apercebi-me de uma coisa meio estúpida, mas que não deixa de ser verdade; às vezes eu até me sinto mal com os vossos elogios.

Para meter isto em pratos limpos, é verdade que eu tento que a patrícia do blog seja um espelho da patrícia real. O problema é que às vezes, ao ler o que vocês por aqui me vão dizendo, fico com medo de estar a passar uma imagem completamente errada de mim, e eu não estou aqui para enganar ninguém.

Em primeiro lugar, e digo-o mais uma vez, eu não digo que sou feia e o caralho para que me digam o contrário. Digo-vos mais: nem sequer sou normal. Tive a sorte de ser aquela uma num milhão que nasce com lábio leporino e vive o resto da vida a perguntar-se porque raio, entre tantos outros espermatozóides, e até mesmo entre tantos outros óvulos em tantos outros meses, tinha de sair uma aberração como eu. Se era para nascer eu, mais valia que o filho da puta do espermatozóide tivesse morrido pelo caminho. E sim, sou mesmo anormal, estranha, tenho um nariz horrível e odeio-me por isso. 

Ser diferente não é divertido. Acreditem, não é mesmo e mete-me nojo ver quem quer que seja a gozar com isso. Estou-me a cagar se gozam com os putos do swag, se gozam com as pessoas com bigode, ou com o clube das virgens que se vestem todas à puta, têm vida de puta, assumem-se putas, e depois fazem-se de muito ofendidas quando lho atiram à cara. Eu própria gozo com isso, e não, não me arrependo nem um bocadinho. Sei que me estou a rir de escolhas, e não do azar de ter nascido assim. 

Para muitos de vocês, acredito que isto seja um drama absurdo, que não tenha sentido nenhum eu falar como se preferisse que o aborto fosse legal há 18 anos atrás, mas para mim é mesmo isso. Eu sou essa pessoa anormal que está farta de ser gozada, que se convence de que toda a gente se está a rir dela e que se algum gajo olha é por puro nojo ou gozo. Se contasse metade daquilo que penso, já estaria internada num hospício.

Isto para dizer que eu não sou a pessoa que vocês pensam que sou. Não sou a épica, a genial, a peculiar. Juro, não sou mesmo. Se me conhecessem, perceberiam que sou só a típica croma, azeda pra caralho e com a mania que ainda consegue mudar alguma coisa se olhar para as pessoas como se as fosse esfolar. E, no fundo, a maior parte de mim é insegurança e a outra parte é indecisão. Não sou a pessoa fora do comum que alguns de vocês parecem pensar que sou. Aliás, sou; sou-o mas por maus motivos, como agora o podem entender.

odisseias de uma atrasada mental

Adoro esta nova tendência dos stôres de fazerem testes para 50 minutos. Acho uma falta de consideração para com as pessoas lerdas tipo eu que precisam de um século e mais seis meses para fazer um teste.

O de amanhã é de 100 minutos. Uhm uhm, tesde de 100 minutos, a física, é o equivalente a dizer que precisava de 3 dias para o resolver. E, mesmo assim, tinha nega.

ao anónimo,


Eu até aqui metia uma foto minha só para vos esfregar na cara o quanto eu sou linda e maravilhosa, mas não vai acontecer. Porquê? Em primeiro lugar, porque perder 240 seguidores da noite para o dia podia ser bastante triste. Em segundo lugar, porque já bem me bastam todos aqueles meus conhecidos que por aqui andam, porque há muito que lhes perdi a conta e o controlo. E por último, quero que entendam que nunca, nunca mesmo, aquilo que aqui disse sobre mim foi para que me dissessem o contrário. Não digo horrores de mim para que me digam que estou enganada, que sou muito linda e muito boa pessoa. 

Se digo que não gosto de mim e que sou horrível, é só porque o sinto mesmo e porque é assim que me vejo. Há pessoas que preferem calá-lo, mas eu tenho um blog e escrevo-o aqui. Obrigada, mas nem sequer precisam de tentar fazer-me mudar de ideias sobre mim. Eu sou mesmo tudo aquilo que digo, lamento.

a dor de ser gaja é esta

No geral, é preciso muito para me fazerem chorar, mas por estas alturas em que até o facto de as pessoas respirarem me enerva, então eu começo a chorar porque alguém me diz que, sei lá, tenho as orelhas grandes, e duas horas depois eu estou a chorar porque com aquilo tudo me lembrei de que me vestiram de pirata em vez de princesa no carnaval de '98.

foi assim que aconteceu

Reza a lenda que, em frança, um grupo de amigos, bêbados, decidiu levar um lama a passear. De elétrico. 

Acho que vi a luz. Ao fim de todos estes anos perguntar-me se, dada a evidente falta de semelhanças entre mim e os meus primos - todos eles giros e inteligentes -, eu não teria sido encontrada no lixo, consegui uma versão muito mais viável e animadora dos factos, que vem ainda justificar aquele amor por frança.

Creio poder afirmar que a minha história de vida também começa com uma noite de bebedeira e um passeio à beira de um circo. 18 anos depois, o elefante ainda mora cá em casa.

idc, i love it








Wild bicha apaixonada pelo félix bicha má