sexta-feira, 15 de novembro de 2013

don't even ask why

Ela estava à espera de alguém; o seu olhar procurava e voltava a procurar em centenas de direções. Os seus olhos percorriam corpos, peles, passos... Estava ansiosa, esperando que chegasse a pessoa com quem se ia encontrar. E eu, do meu sétimo andar, não conseguia deixar de olhar para ela.
Havia algo na sua espera, na forma como esperava, que me chamava poderosamente a atenção. Não sou de me apaixonar, como já lhes disse, nunca o fiz.
Acredito pouco no amor e bastante no sexo. Mas aquela rapariga tinha algo tão estranho na forma como esperava, como colocava as pernas, como se movia, como procurava, que tinha despertado um sentimento novo em mim. Talvez estivesse a ser demasiado épico.


Albert Espinosa,
tudo o que poderíamos ter sido tu e eu se não fôssemos tu e eu

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