sábado, 15 de fevereiro de 2014

fragmentado

Sempre disse que esperaria por ti mil anos, se preciso fosse, porque acreditava que valeria a pena. E ainda acredito, mas deixou de me apetecer esperar - as pessoas chegam, as pessoas partem, e nenhuma delas és tu. Não te misturaste na multidão, não tomaste o lugar de ninguém no autocarro para vires sentado do lado da janela e poderes ver que estou aqui, no terminal, antes mesmo de teres a oportunidade de me tocar. A espera tornou-se inútil e estou cansada de aqui ficar, todos os dias, a lamentar que não me tenhas levado contigo. Cansei-me do silêncio, dos dias vãos, dos pequenos nadas que são cada vez mais raros. Cansei-me da certeza de que és demasiado inseguro para tentar voltar. Eu sei onde tu estás - e já fiz as malas. Vou ter contigo.

Sem comentários: