segunda-feira, 31 de março de 2014

vítima de bullying na minha própria casa

Durante uma conversa com wild mommy em que lhe revelei as minhas intenções de vir a dançar no varão ou a limpar sanitas, acabei por referir que não me importava de trabalhar na disneyland, nem que fosse a limpar sanitas, ou a ser paga para me vestir de princesa. A resposta?

Queres ser um travesti?

Como é que eu lhe conto que sou uma gaja?

tenho uma queda por trinca espinhas

Ainda sonho com um mundo onde os homens vão acabar por compreender que ter todos os músculos bem definidos e salientes não é sinónimo de beleza. Pessoalmente, acho isso horrível. Especialmente um rapazinho que me está constantemente a aparecer no feed porque publica fotos sobre a evolução dos ditos ou estados sobre a dieta, and so on. 

Ele é mais baixo do que eu. Neste momento parece-me ter um metro e meio de altura por três de largura. Conseguem imaginar algo mais pavoroso? Eu não.

breathe in, breathe out

[tenho medo. quero que seja hoje, quero que não doa, quero dizer tudo de uma vez. estou cansada de ficar calada a remoer nas coisas enquanto o tenho ao meu lado e só me apetece dar-lhe a mão e esquecer tudo o resto. enquanto me faço de indiferente mas derreto de cada vez que ele abre a boca. enquanto o olho nos olhos e me apaixono um bocadinho mais pelas sardas dele, mesmo que sempre tenha odiado as minhas. enquanto lamento por ele ser melhor pessoa do que eu e demasiada areia para o meu camião. enquanto olho para os lábios dele e desejo poder beijá-lo de uma vez por todas. talvez isto seja um erro, mas nunca fiz nada certo na vida e também não me apetece começar agora. quero que ele saiba que é nele que eu penso quando vou dormir, quando acordo, quando tenho medo, quando estou feliz. é com ele que eu quero partilhar quase tudo o que me vai acontecendo, mas tenho medo que ele não me queira ouvir. tenho medo do que vai pensar quando souber o que eu sinto, quando lhe contar que é dele que eu gosto. tenho medo que isso nos afaste ainda mais, que acabe por destruir de vez a amizade que sinto estar a escapar-me entre os dedos. mas tenho de tentar. não me perguntem porquê, mas tenho de tentar. quero dar-lhe o abraço que lhe neguei há meses, no dia em que podia ter percebido que era dele que eu gostava, mas preferi fechar os olhos. quero dizer àquele rapaz que sim, que quero ir com ele. que com ele, ia até ao fim do mundo. e por ele, também.]

domingo, 30 de março de 2014

os filhos da mãe natureza


Assim  que vi que o tema desta semana da click click era sobre a natureza, lembrei-me logo desta foto. Tirei-a em 2012, na disneyland, e sempre a achei incrivelmente bonita pelo imenso verde e pela calma que me transmite.

Lembro-me de ter ficado surpreendida quando me deparei com este sítio, de não estar, de todo, à espera de encontrar um recanto tão vazio e tão cheio ao mesmo tempo, que contrastasse tanto com o corropio que se vive dentro daquele parque. Parece nem fazer parte daquilo, parece ser outro sítio qualquer, e eu achei isso incrível. E pronto, parte da minha paixão pela foto também vem de tudo o que ela representa - estava tão, mas tão feliz naqueles dois dias em que lá estive! Além de que o meu coração bate um bocadinho por frança quase desde os meus tempos de berço. Este é sem dúvida um sítio onde quero voltar.

acho que se vão arrepender

Não quero parecer tendenciosa, mas não confio em ninguém que tenha tatuado only god can judge me. Além de me parecer a frase mais chunga de sempre, assim daquelas frases que se usam para justificar qualquer ato incompreensível a todas as criaturas dotadas de racionalidade, é mais usada do que eu sei lá. Pagava para  ver alguém a usar este argumento num tribunal.

não querendo meter veneno

Ainda gostava que alguém me explicasse qual é o intuito de não pararem de falar do ultra music festival, de publicarem UMF em tudo quanto é rede social, de se trancarem no quarto a assistir pela net. Isso é um bocado ridículo porque, segundo um estudo realizado por mim, ponto um, 80% dos que estão a delirar como umf são tão pobres quanto eu e não teriam dinheiro sequer para apanhar o autocarro de casa até ao aeroporto, quanto mais para ir a miami, e ponto dois, é mais ou menos equivalente a ter a minha avó a tentar assistir à missa pela televisão. 

A não ser que estejam espojados no sofá, de mantinha nos joelhos, a abanar os bracinhos, não consigo ver nenhuma vantagem em assistir àquilo sem poder dançar. Mas isto sou só eu, claro.

elas é que sabem

Outra prova de que a minha mãe tem super poderes é que ela foi a primeira a descobrir que, enfim, havia algo mais do que aquilo que eu dizia haver. E ninguém lhe contou. Ainda nem eu tinha reparado.

o passado é inútil como um trapo

E já te disse: as palavras estão gastas.
Adeus.

Assim me retiro. Acho que é desta que é para sempre. Foi bom ter-vos daí.

as janelas da minha alma

Como decidi desfazer-me do outro blog de vez, tive de trazer para aqui este post porque quero mesmo continuar a participar na Click Click. So, isto é um repost, peço desculpa a quem já leu antes.



Esta foto foi tirada há cerca de um ano, pela patrícia, mais por brincadeira do que outra coisa, mas acabei por gostar do resultado. A verdade é que nunca gostei particularmente dos meus olhos, sempre achei que eram demasiado pequenos, demasiado sem graça - mas intrigam-me pra caralho. Já os tive pretos, já os tive castanhos bem escuros, mas desde há uns anos para cá que são uma mistura de castanho, verde e cinzento, dependendo do meu humor, do que tenho vestido, da quantidade de luz, do estado do tempo, e mudam de cor em segundos, quase sempre que tenho alguma emoção forte.

Normalmente, ficam mais claros quando eu estou feliz. Não faço ideia se o dia em que a foto foi tirada estava ou não a ser um bom dia, não lhe encontro quaisquer indícios de felicidade, mas posso usá-la como prova de que o meu talento para aplicar rímel é tanto quanto para cantar ópera.

sábado, 29 de março de 2014

plot twist

A verdade é que se houve uma altura em que tudo o que o rapaz fazia era mais do que motivo para eu me derreter, agora tudo nele me enerva, tudo nele me parece vulgar, sem nexo, sem jeito nenhum. E se me perguntarem o que me fez mudar de ideias de um dia para o outro, nem eu vos saberei responder - acho que abri, finalmente, os olhos; um dia também nos cansamos das nossas obsessões, e esta já durava há demasiado tempo. Cansei-me. E estou tão estupidamente feliz que chego a ter medo.

quinta-feira, 27 de março de 2014

"preciso de falar contigo amanhã."

Há três anos que espero pelo joão. Há três anos que espero que alguma coisa mude a nossa história, que as coisas acabem por bater certo no final - e parte de mim acredita que o esperarei para sempre. O joão é o meu d. sebastião que não há maneira de fazer saltar do nevoeiro.

O problema foi que me concentrei tanto nele, que me perdi. Perdi. Não me dei conta, ou melhor, não me permiti a assumir sentimentos novos que foram surgindo com o tempo - obriguei-me a calar cada batida mais forte que o meu coração dava de cada vez que o tal amigo, O amigo, se aproximava de mim. Obriguei-me a fazer de conta que não ficava feliz sempre que estávamos juntos. Fui má; afastei-o. Senti-lhe a falta.

Passei meses a mentir a mim mesma - podia tê-lo descoberto em janeiro, quando senti um aperto tão grande quando ele me tentou abraçar, que lhe fugi; assustei-me. Não era suposto sentir aquilo por um amigo, pois não? Mas aconteceu outra vez. E outra. E mais outra. E, de todas elas, forcei-me a recordar que era do joão que eu gostava.

Quando ele se foi embora, achei que sentia a falta da atenção que ele me dava, mas que era só isso. Não era. Percebi com o tempo que morria de ciúmes da miúda de quem ele se aproximou, daquele banco de esperma ambulante, e senti-me obrigada a assumir; tenho saudades dele. Tenho saudades das conversas intermináveis sobre nada, das inside jokes, da forma como lhe dava a mão com a maior das naturalidades enquanto falávamos. Dos planos que íamos fazendo para depois, para o verão, para a faculdade, para a vida. E eu queria-o realmente perto para sempre, mas nunca lho soube dizer.

Agora, não o reconheço. Talvez esteja certo quem diz que, em parte, a culpa é minha - podia ter resultado entre nós, se eu não tivesse passado metade do tempo a tentar criar uma barreira, mesmo quando o meu coração acelerava de cada vez que a cara dele estava perto, demasiado perto, da minha. Diz-se que nem parece o mesmo, que nunca ninguém o viu assim - e eu quero-o de volta.

O joão ocupa o espaço de três elefantes na minha vida, e talvez ocupe sempre - mas ele? Ele ocupa o espaço de sete elefantes, quatro orcas e dois tubarões. Estou a morrer de medo de lhe contar a verdade que para mim demorou séculos a assumir - mas vou fazê-lo amanhã. Decisão mais do que tomada, mensagem enviada. E agora rezem.

esta é só uma de muitas

Eu sou só a coisa mais atrasada deste mundo, juro. Durante uma brainstorm em que fiz pouco mais do que perguntar-me como posso ter sido eu tão cega, acabei por me lembrar de um dia em que o rapazinho foi de calças de fato treino para a escola e uma sweat. Verdade seja dita, apesar de estar em negação e com a mania de que ele estava comodamente instalado na friendzone, ele estava mesmo giro. E eu quis dizer-lhe isso, porque era verdade, mas fiquei com vergonha a meio.

O que eu quis dizer: essa roupa fica-te bem.
O que eu disse: então, não te apeteceu vestir?

...
...
...


Agora pergunto-me porque é que as coisas entre nós não resultaram. Sure.

quarta-feira, 26 de março de 2014

ri-me mais do que me orgulho

(a falar sobre um passeio de barco)

- queriam levar a g e a d, mas espero bem que não.
- também eu! é que depois tem de ser tudo como elas querem, não compreendem...
- e são atiradiças como tudo! os gajos mandam-lhes bocas e elas acham que é a sério, fazem-se a eles*
- bem, pode ser que se atirem ao rio.


* uma é obesa, a outra tem bigode. ambas fazem de conta que têm um atraso mental, mas são tão ou mais normais do que eu.

as janelas da minha alma

Como isto tem andado um bocado parado e eu achei a Click Click engraçada, apeteceu-me participar.


Esta foto foi tirada há cerca de um ano, pela patrícia, mais por brincadeira do que outra coisa, mas acabei por gostar do resultado. A verdade é que nunca gostei particularmente dos meus olhos, sempre achei que eram demasiado pequenos, demasiado sem graça - mas intrigam-me pra caralho. Já os tive pretos, já os tive castanhos bem escuros, mas desde há uns anos para cá que são uma mistura de castanho, verde e cinzento, dependendo do meu humor, do que tenho vestido, da quantidade de luz, do estado do tempo, e mudam de cor em segundos, quase sempre que tenho alguma emoção forte.

Normalmente, ficam mais claros quando eu estou feliz. Não faço ideia se o dia em que a foto foi tirada estava ou não a ser um bom dia, não lhe encontro quaisquer indícios de felicidade, mas posso usá-la como prova de que o meu talento para aplicar rímel é tanto quanto para cantar ópera. 

algo bom, para variar

Falta mais de um mês para irmos desfilar a nossa awesomeness para o porto, e não temos falado noutra coisa senão no que vamos comer. Houve até quem já se tivesse dignado a pesquisar os melhores restaurantes na zona onde vamos estar, assim só naquela de irmos babando com antecedência e antecipando os orgasmos gástricos desse dia.

Se me tivessem dito há uns meses que eu ia acabar por conhecer estas pessoas e identificar-me tanto com elas, ter-vos-ia mandado às couves mas, graças a deus, a budda, a alá e a tudo quanto se queiram apegar, ainda há gente que me consegue surpreender pela positiva. Ámen!

modéstia à parte

Serve-me de guilty pleasure constatar que a maior parte dos amigos dele gosta de mim, mas ninguém gosta da nova amiguinha dele. É bem feita. É mesmo bem feita. 

mas é verdade

O meu problema é não conseguir confiar em ninguém, muito menos em mim própria. E então quando envolve um gajo e a probabilidade de, realmente, o rapazinho ter sentido alguma coisa por mim este tempo todo, e eu por ele, e nunca termos reparado, a coisa fica pior ainda. Já perguntei tantas vezes à outra lontra se ela acha que isto é mesmo assim, que ela está à beira de me atirar de uma ponte. 

E é por isto que eu não posso casar. Estou mesmo a ver o padre a perguntar-lhe aceita alfredo ernesto como sua futura esposa? (yup, nome d'homme mas muito fêmea), o moço a dizer que sim e eu a interromper:
- mas mesmo?
- sim...
- tens a certeza? tipo a certeza absoluta?
- siiiim...
- e sabes que eu sou chata e feia e gorda e me vão cair os dentes?
- siiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiim...

E divorciavamo-nos antes de apanhar com arroz na pinha.

é cada vez mais difícil confiar

Pareço má pessoa, mas hoje encontrei uma miúda da minha escola - uma daquelas bem putitas e burra que nem uma porta, por sinal - a chorar e fui ter com ela. Perguntei-lhe se estava tudo bem, ofereci-lhe um lenço e vim-me embora por medo de fazer perguntas - agora, tudo bem que ela pode ter mil defeitos, mas quando uma desconhecida se preocupa mais com ela do que as amigas, que só se riram, acho que as coisas vão mesmo muito mal.

mensagens que não vou enviar

Há sempre um momento em que sabes que não te resta outra alternativa senão bater com a porta e fazer de conta que ela nunca esteve aberta. No teu caso, esse tempo já passou há muito - deixei-a entreaberta, convencida de que a havia fechado; escondi as chaves algures, onde as fosses encontrar. Não estou certa de que compreendas as metáforas, e também já não sei se me interessa. Cansei-me. Honestamente, estou farta de ti e desse teu lado conas - recuso-me a perder mais um único dia contigo. Espero, sinceramente, que cresças, que atines. E que sejas feliz, sim - porque, mesmo anormal, eu até acredito que mereças. Adeus.

segunda-feira, 24 de março de 2014

riam-se como eu me ri

Aquela gaja é um banco de esperma.

ten points to gryffindor

ela: se tu fores connosco ao porto é que vai ser brutal! depois vamos comer granda francesinha todos juntos.
eu: mas é que vamos mesmo!

Só umas horas depois é que me lembrei de que... não gosto de francesinhas. Okay.

só dramas

Depois de três anos de joão, três anos a tentar perceber o joão, a tentar descodificar sinais e desvendar mistérios, parti do princípio que não havia maneira de olhar para outro nos mesmos termos sem primeiro conseguir meter um ponto final nisto. Até que me aproximei de um amigo, a passar imenso tempo com ele e tudo e tudo.

Não posso dizer que em algum momento o joão tenha passado para segundo plano - mas o amigo ganhou terreno e eu não dei conta. Só me apercebi do quão importante ele era, quando se afastou de mim - foi o tal que se aproximou da miúda mais rodada da escola. Por sexo, dizem. E eu acredito.

Desde que comecei a vê-lo com ela, que comecei a morrer de ciúmes porque o via tratá-la tal qual me tratava a mim. Tive de, finalmente, assumir que era verdade, que ele me tratava de maneira diferente, que era muito mais querido comigo do que com o resto do nosso grupo, mesmo que antes eu me tivesse recusado a ver. E, com o tempo, veio a confusão porque eu o quero de volta... mas não sei exatamente como. Habituei-me a achar que afinal ele nem gostava assim tanto de mim quanto isso, porque só assim teria trocado a nossa amizade por cinco mil dst's.

Hoje, uma amiga dele falou comigo. Disse que toda a gente pensou que as coisas entre nós iam dar certo porque se notava a léguas que ele gostava imenso de mim, que eu era tudo o que ele via à frente - mas eu dei-lhe para trás, e ele desistiu. Nunca me tinha apercebido disso - e que tivesse, não teria acreditado. Honestamente, não sei como isto me deixa, não sei o que quero fazer com isto. Talvez ainda não seja tarde. Mas será que eu quero?

insanity

[não, não, não. não me falem, não me procurem, não perguntem por mim. provavelmente não o fariam na mesma mas uma das minhas mentiras preferidas é essa de que ainda alguém se preocupa comigo. e não me venham pedir satisfações por hoje me recusar a usar letras maiúsculas e me estar a cagar para vírgulas e pontos e vírgulas e a todos esses compassos de espera que só aumentam a minha impaciência já crescente por natureza. estou cansada. estou farta de reticências, quero pontos finais. quero poder contar uma história no passado e parar de me perguntar o que se está a passar à minha volta e em que momento é que eu deixei de fazer ideia do que era feito de mim mesma. estou cansada, já o disse. estou cansada de dias iguais que não me acrescentam absolutamente nada e passar o dia a desejar voltar para casa e de passar a noite a desejar que chegue a manhã seguinte e essa nova oportunidade que nos dizem que é cada amanhecer. estou cansada de esperar por nada, de ir deixando passar mais uma semana, duas, um mês, um ano, uma vida, e não me sinto feliz, minimamente feliz, porque tudo o que tenho feito, falha. estou cansada de me tentar manter mais fiel a mim mesma do que aos outros, de fazer de tudo para que não consigam fazer com que eu construa imagens mentais baseadas no que gente sem cabeça me vai dizendo que é a verdade. talvez o seja e eu não quero ver, mas que se foda, depois de tudo, prefiro ser eu a descobrir sozinha, prefiro ver para crer, prefiro experimentar. mas está difícil, tão, tão, difícil. talvez nunca me tenha sentido tão mal, ou talvez sim e agora esteja a exagerar, mas quem quer saber disso? dizem que o mundo é mesmo assim. se calhar há algum fundamento em dizer-se que se morre de amor, não literalmente, mas morrendo aos bocadinhos, como quem mata ou como quem deixa morrer uma parte de si que está a contaminar tudo o resto. como amputar uma mão com gangrena, desfazemo-nos daquele bocado que quase nos destruiu - talvez isto não vos faça sentido, mas eu acredito cada vez mais que precisamos de matar o que sentimos, que varrer sentimentos para debaixo do tapete é o maior dos erros porque um dia uma ponta do tapete levanta-se e voltamos a tropeçar naquilo que lá deixámos esconder. bem feita, menina burra, que achou que se esquecia fingindo que se esqueceu. tão estúpida que eu sou, tão inocente. agora não sei que é feito de mim e ele é aquele meu apêndice apodrecido, a minha mão com gangrena, e eu acho cada vez mais que ele é louco, que ele já estava louco quando nos cruzámos pela primeira vez, e que eu vou ficando mais louca a cada dia que passa, se é que não estou já tão louca quanto ele. ele é o pedaço de mim que eu devia querer matar, mas todos os dias me parece mais que é o pedaço de mim porque vale a pena morrer - e então, estou a deixá-lo matar-me. mato-o também um dia destes. quando morrermos, morreremos juntos - e, depois sim, a vida começa.]

domingo, 23 de março de 2014

só estou bem onde não estou

Gostava sinceramente de conseguir explicar o que é que se tem passado comigo, como é que, em quase quatro anos de blogger, cheguei ao ponto de, pela primeira vez, não ter sequer vontade de escrever, e de o fazer quase por obrigação porque sei que sempre foi isso que me acalmou. Gostava de conseguir falar com alguém, sem as reticências que me habituei a meter no final de cada frase nos últimos tempos. E gostava de voltar ao tempo em que a minha vida não se resumia a um enorme não sei - porque não sei mesmo. Já não sei de mim sequer.

Ultimamente, canso-me de tudo, não estou bem em lado nenhum. Salto de um blog para o outro, atiro postas de pescada para o twitter, tentando controlar o impulso de o apagar também porque não quero tentar esse isolamento outra vez. Já cá estive antes, e sei onde me leva - não posso voltar a isso. Quero voltar a ser quem fui.

é por isto que estou chateada

De todos os stôres que já tive, acho que nunca houve nenhum que me metesse tanta raiva quanto o meu stôr de fq deste ano. 

Apesar de, tanto física quando química, ser uma disciplina que só se estuda bem se fizermos exercícios, sempre precisei de fazer os meus resumos para me orientar nas matérias mais teóricas, e para perceber melhor e tudo e tudo. E gosto de os ter em dia, naquela de depois ter tempo para aplicar o que estou a estudar. 

O problema é que ele não se orienta pelo livro, não nos deixa passar informações dos ppts, com a desculpa que o enviará no fim, e nas aulas só consigo tirar apontamentos do que ele diz, que nunca é tão completo quanto nos ditos ppts. E o pior é que eu pareço ser a única a preocupar-se com isso.

Depois, demora uma eternidade a enviar-nos seja o que for, mas passa a vida a insinuar que nós não estudamos. Para ser franca, ele trata-nos como se fôssemos atrasados mentais, e espera milagres, mesmo estando-se ele a cagar para nós - de salientar que, da minha turma, apenas 2 alunos vieram diretamente do 10º ano, o resto, tal como eu, chumbou a fq no 11º. 

Prometeu na quinta feira que nos enviava a matriz do teste - que não deu na aula porque não lhe apeteceu - e os três ppts que faltam. Ficou amuado por eu ter dito "mas mande mesmo, stôr!", porque, segundo ele, "nunca vos faltei com nada!". Na quinta, repito. O teste é na próxima quinta. Hoje é domingo e ainda não enviou nada.

sábado, 22 de março de 2014

confesso

Estou há muito mais tempo do que gostaria de admitir a ler os comentários deste post. E, julguem-me por isso, eu até acredito que muito disto seja verdade - o que acho reconfortante, de certa forma. A prova de que há mais do que este mundo que crescemos a acreditar ser o único.

vou ser gozada para o resto da vida

Mudei o nome do meu twitter de sectumsempra para expelliarmus porque, oh, o sectumsempra era magia negra, e eu prefiro mil vezes essa ideia de desarmar os outros.

E depois é que eu reparei que isto ainda consegue ser pior dito em voz alta do que quando o guardava para mim. Enfim. Um dia eu deixo-me de cenas estranhas.

alforreeeeeeeeeecas

E gente com twitter por aí? Não, não?

prazeres desconhecidos

Estava chateada que eu sei lá, meio perdida, sem saber muito bem o que fazer da vida, quando, de repente, dei por mim sozinha no carro a cantar grunhir a quem de nós dois, à beira de um ataque de choro compulsivo. Mas correu tudo bem, não aconteceu nada, e fiquei suficientemente bem para dar o mesmo tratamento à story of my life.

Sim. Eu a cantar one direction. Não sei se corto os pulsos, ou se vou ouvir tony carreira, mas tudo bem. É nisto que se torna uma pessoa quando tira a carta.

sexta-feira, 21 de março de 2014

agora a sério

Todos à minha volta dão a entender que ele é a pior merda, que é uma pessoa horrível, mas eu não o consigo ver assim. A pessoa que eu vejo é, de todo o círculo de amigos, o mais calmo, o menos estúpido - e depois começam a contar-me como ele é monstruoso, o tipo de bocas que ele manda aos amigos, e eu só consigo pensar que teria dito exatamente a mesma coisa. Porque, acreditem, teria mesmo.

Parte de mim, acha que talvez  devesse dar-lhes ouvidos, que não há de ser à toa que todos falam mal dele - mas a outra parte ainda se revolta de cada vez que ouve os supostos amigos a criticarem-no como se o odiassem, e ainda se mantém fiel a si mesma; é preciso dar o benefício da dúvida. Não confiar mais nos outros do que em mim mesma, não criar uma ideia baseada no que os outros dizem. Especialmente quando, no meio de tantas críticas, eu continuo a vê-los beijar-lhe o cu como se o adorasse. Nem sei que pense. Honestamente, estou perdida.

fui

Não se esquece ninguém de repente. É preciso dar tempo ao tempo e esquecer devagar, sem grandes dramas, sem grandes preocupações; quando nos esquecemos depressa, é porque está lá, guardado no fundo dos fundos, pronto para nos deixar de cabeça perdida à primeira oportunidade.

Aprendi-o com o tempo, da pior maneira. Também não se esquece só por saber que se tem de esquecer, que não vale a pena, que é o melhor para todos. Vezes há em que não se esquece mesmo - com o tempo, deixa de custar tanto. Perde-se a ânsia de falar com ele, a voz deixa de causar arrepios, e até já conseguimos falar da pessoa como se nunca tivesse acontecido nada. Parecemos curados disso - parecemos, porque acredito que todos nós temos uma dessas pessoas, A pessoa, que não esquecemos nunca. A pessoa improvável, a pessoa errada, a pessoa por quem sabemos que nunca nos devíamos ter apaixonado, mas que desejamos ainda mais de cada vez que a vimos sorrir, mesmo quando negamos, mesmo quando dizemos que já não importa - é ela. A que não esquecemos nunca, a que faria qualquer outra que se aproxime de nós, evaporar da nossa vida.

Talvez essa valha a pena não esquecer porque, por mais anos que passem, por mais pessoas que entrem na nossa vida, nada será tão bom quanto poderia ter sido com ela. Ou com ele. Contigo, neste caso.  E de ti, eu não me quero esquecer.

quinta-feira, 20 de março de 2014

there you go, self esteem

A cena é que eu sou uma enorme massa disforme com olhos, boca e uma tendência desastrosa para dizer merda, que às vezes se arrasta pela escola. Claro que, para dificultar, tinha de me apaixonar por um gajo bonito. Ah pá, foda-se.

luzes sobre um assunto obscuro

É estranho pensar que pode ter estado tudo nas minhas mãos, que tudo isto pode ter sido, ainda que de forma inconsciente, decidido por mim. Mais estranho ainda o facto de eu só me ter apercebido agora - cortesia da inocência patrocinada pela baixa autoestima. Se eu tivesse percebido antes, muita coisa poderia ter sido diferente. Não foi. E, sinceramente, ainda não percebi se isso é bom ou não.

tired, so tired

Se vocês soubessem... mas não sabem. Nem eu sei.

quarta-feira, 19 de março de 2014

agora vai dizer que foi vítima de bullying

Nunca fui de andar à pancada porque, apesar de ser uma lontra obesa, sou a primeira a cair para o lado - e então, evito sempre confusões. Mas hoje, estava a dar-me para a deprimência quando, já à beira de um ataque de choro, um rapazinho que faz pouco mais da vida do que chatear-me a cabeça, decidiu aproximar-se. 

Levantei-me e espetei-lhe um murro antes de me ter apercebido do que estava a fazer. Então tá.

mas é bom

Apercebi-me hoje de que afinal o rapazinho também parece estar a fazer de tudo para me encontrar sozinha. Com um bocado de sorte, resolvemo-nos a falar no mesmo dia, ao mesmo tempo, e resolvemos as coisas de maneira madura; pedraaa, papeeeel, tesoura!

como vêem, sou pessoa de decisões definitivas

Epá, fiquei a deprimir e até voltei ao twitter, mas nada é igual a isto. Fiquei com saudades.

alforrecaaaaas!

Há algum twitter por aí?

precisava de o escrever

Não guardo mágoas de ninguém. Sofro tudo na altura, como deve de ser, e depois sigo em frente, como se nada tivesse acontecido - quase me esqueço, quase. Talvez me lembre de vez em quando. Talvez existam memórias que ainda me fazem saltar as lágrimas aos olhos, mas não odeio, não repugno, não fico ressentida. O que lá vai, lá vai.

Com ele, eu achei que seria diferente por ter sido, provavelmente, a pessoa que mais me magoou até hoje, e cheguei a jurar a pés juntos que aquilo tinha sido um balde de água fria, que nunca na vida me voltaria a apaixonar. Que o tinha esquecido como quem arranca um penso rápido de uma só vez - dói na altura, mas passa. Era mentira, claro. Foi mentira desde o início, mas eu nunca me apercebi disso.

Apaixonei-me por outro, por aquele que ainda hoje me parece ser das melhores pessoas que eu algum dia conheci. Tive muito mais contacto do que algum dia tive com o joão mas, mesmo assim, percebi meses depois que nunca deixei de pensar nele nas horas vagas. E, quando a história com o tal acabou, quando a arquivei no armário das histórias bem resolvidas, aconteceu de repente.

Não demorou muito. Não demorou nada, aliás. Tinha prometido a mim mesma que não me voltava a apaixonar por ele, mas não tinha definido nenhum tipo de punição para o caso de nunca o ter chegado a esquecer - e então, aconteceu.

Faz hoje cinco meses - quem me dera não sofrer tanto de boa memória. Há precisamente cinco meses, era sexta feira e nós estávamos os dois na mesma discoteca - apesar de não estarmos juntos, passamos a noite colados um ao outro. Umas vezes, provocado por mim. Outras, por ele.

Nunca soube explicar o que aconteceu nessa noite, nem porque é que isso me afetou ao ponto de quase nem ter conseguido comer nos dias seguintes. Acho que fiquei assustada. Não esperava aquela avalanche de sentimentos a apoderar-se de mim outra vez, não esperava dar por mim a desejá-lo daquela forma, mesmo depois de tudo. E eu queria ter-lhe fugido, queria ter sabido resistir - mas de cada vez que olhava à volta, via-o procurar-me com o olhar, via-o demorar-se em mim. Vi cada réstia de sentimento a incendiar-se de novo.

Faz hoje cinco meses. Cinco meses e uns dois ou três anos, para ser clara, que eu me (re)apaixonei por ele, o errado, o conas, o domável, o anormal que nem me consegue falar durante mais de um minuto seguido. Faz hoje cinco meses que eu percebi que, por mais que viva mil anos, nunca terei nenhuma história igual a esta, nunca nada será tão complicado de explicar e tão simples de sentir quanto isto. E mesmo que não sejamos a pessoa certa um para o outro, mesmo que, mais tarde ou mais cedo, a vida nos separe e isto não seja mais do que uma memória confusa, agora eu tenho de tentar fazer alguma coisa com o que temos - porque sei que, de todas as pessoas, é a ele que eu escolho sempre. E todos temos um joão, essa pessoa a quem reconhecemos os erros mas, ainda assim, estamos certos de que, por mais gente que conheçamos ao longo da vida, nunca nada será igual ao que teria sido com ele.

terça-feira, 18 de março de 2014

se calhar, ainda não é desta

Tenho estado a fazer um esforço enorme para não voltar ao meu antigo blog. Sei lá. Em parte, é porque sinto que não pertenço aqui - mas no fundo sei que o que me prendia lá era o facto de saber que ele lia e de ter de admitir que isso acabou por mudar muita coisa. E, embora saiba por experiências anteriores que não vai ser atrás de um pc que vamos resolver isto, ao menos eu conseguia fazê-lo acreditar no que queria. Agora não.

juro-vos

Sonho com o dia em que os cachopos da minha escola vão descobrir a verdadeira utilidade dos fones. Já não há cu que aguente tanto bô tem mel, tanto roça roça, tanto all of me. Valha-me nossa senhora.

perdida, perdidíssima

Não me lembro da última vez que fiquei assim - a precisar de falar com alguém, mas incapaz de o fazer porque não sei o que dizer. Não sei o que pensar. Não sei o que estou a sentir.  Não me lembro da última vez que fiquei tão confusa. Se é que algum dia cheguei a estar assim.

efemérides

Faz hoje cinco meses que me apaixonei por ele. Ou melhor, cinco meses e uns anos - eu é que era burra, eu é que não queria saber. E tudo o que eu queria, além de uma memória que não me permitisse a lembrar-me de uma data destas, era ter já tido coragem que baste para ter A conversa. 

bichinha em sofrimento

Eu juro que cheguei a casa cheia de boas intenções, a planear estudar imenso e tudo e tudo - mas a merda de ficar sozinha é que uma pessoa começa a pensar e a pensar e cenas -, mas depois de ter arrumado o escritório que nem uma maníaca, desarrumado coisas só pelo prazer de voltar a arrumar, fiquei com vontade de fazer pouco mais do que respirar.  

A vida está difícil. Especialmente para alguém que dormiu menos de duas horas e meia e, mesmo assim, continua sem sono a esta hora. Talvez esteja na altura de fazer alguma coisa com isto.

segunda-feira, 17 de março de 2014

adeus, ó meus amores, que me vou

Para outro blog.

quando não há nada a fazer

Esta noite, devo ter dormido pouco mais de duas horas - e se me estão a imaginar prostrada no sofá, feita peido mole, à espera da hora de ir para a cama, desenganem-se. Ainda que não perceba porquê, quanto menos durmo, mais energia tenho e hoje estou particularmente irrequieta.

Isto acumulado a todos os acontecimentos dos últimos dias, estão a fazer da patrícia o velho furacão que não faz ideia de para onde se há de virar, e então parece virar-se para todo o lado ao mesmo tempo. Queria ir estudar já, mas não consigo; vou aspirar o escritório. Vou tirar tudo das prateleiras, limpá-las, organizar as pastas. Fazer alguma coisa com as folhas que jazem em cima da minha secretária, nem que seja rasgá-las. Vou desfazer tudo, fazer tudo outra vez. Pode ser que acalme. Pode ser que hoje consiga dormir.

ouch

O meu problema é achar sempre que as pessoas não gostam de mim - e então, mesmo que goste, insisto em afastá-las para não me apegar, para não me magoar. De vez em quando, corre mal; apego-me antes do tempo e, quando finalmente as afasto, percebo que isso era a última coisa que queria fazer.

Ok, eu não sou tão fria assim, não é que eu não tenha sentimentos. Só não o sei mostrar. Ou sei, mas tenho medo.

são vidas

O meu problema é que sempre fui de ideias fixas e, sempre que meto uma coisa na cabeça, tenho de a fazer como quero, dê por onde der. E então, decidi que estou cansada de ser uma baleia terrestre e decidi que quero inscrever-me num ginásio que, apesar de não ser muito perto, me oferece excelentes condições.

Ora, o problema é que eu não tenho muito tempo para estudar, porque estou quase sempre na escola e, apesar de ter imenso tempo livre, para levar os livros que uso habitualmente para estudar - calhamaços de apoio aos exames -, teria de andar com um troley, preferencialmente da barbie, ou chegaria ao fim do ano pior do que o quasimodo. Só que, pronto, como agora quero mesmo ir e estou resignada a aproveitar cada segundo livre para conseguir meter-me relativamente fina até ao verão, vim para a escola armada em burro de carga e tenho a sensação de que, se cair, fico aqui no chão de patas para o ar tipo tartaruga. Vida de gorda é complicada.

aqui eu confesso tudo, credo

Eu sempre lidei bem com o facto de ter um gosto musical um bocado fora do comum e nunca tive medo de mostrar a minha playlist a ninguém, mesmo quando insistiam em perguntar-me porque raio gostava eu de ouvir babuínos em trabalho de parto aos berros. Isso mudou quando, a semana passada, uma amiga minha me pediu o mp3 e eu dei por mim a rezar para que ela não chegasse às músicas que eu - estupidamente organizada - meti numa pasta chamada estranha. Não saberia explicar-lhe porque raio lá tenho o show das poderosas, e jurar que era bruxedo também não me pareceu boa ideia.

deep

A única coisa que eu tenho ganho nos últimos tempos, é peso. E o problema é que já nem a consciência está livre. Oh hell.

devia estar a dormir, talvez

Tenho uma tendência desastrosa para pensar demasiado em tudo, para me meditar sobre assuntos que nem ao menino jesus lembram, nem ao diabo importam - sempre fui um bocado estranha. E esta talvez venha a ser a confissão mais stalker alguma vez aqui feita, mas eu dava tudo para poder fazer um milhão de perguntas a desconhecidos.

É tudo uma questão de sorte. Cruzamo-nos diariamente com dezenas, centenas, de pessoas sobre as quais não sabemos nada, nunca saberemos nada, e algumas podem ser tão parecidas connosco que pareça impossível que não haja uma qualquer conexão, outras podem ser tudo o que mais repugnamos. E então eu tenho a mania de ficar a olhar para gente que não conheço muito mais tempo do que aquele que seria confortável - gostava de saber mais. Gostava de saber quais são os sonhos, do que é que tem medo, se está à espera de alguma coisa. Se acredita em deus, se acha que há vida para além da morte - se, secretamente, também espera como eu que um dia cheguem, vindos de outro planeta qualquer, uns seres estranhos para nos provar que há vida noutros planetas, noutras galáxias, e nos esfregarem na cara que são mais inteligentes do que nós e descobriram primeiro. 

Acredito que, de vez em quando, nos cruzemos com pessoas que escondem a história de vida mais incrível e que a única razão para continuarmos a dizer que o nosso herói preferido é o batman, é o facto de nunca nos termos dado ao trabalho de nos conhecermos uns aos outros. Desculpem-me - mas é mesmo uma questão de sorte. Já pensaram na quantidade enorme de pessoas em todo o mundo que nós nunca chegaremos a saber que existem? Pessoas que para nós nunca terão uma cara, nem um nome. Pessoas que não são nada e, quem sabe, podiam ser tudo. E quando nos cruzamos com alguém, é quase como jogar na loteria - repito: é uma questão de sorte. Podemos cruzar-nos com o pior dos marginais, ou com a pessoa mais espetacular que alguma vez conhecemos - e podemos nunca o descobrir, ou podemos ter a sorte de não nos desencontrar-mos. E isso... oh, isso é mágico.

domingo, 16 de março de 2014

sinto que sei demasiado

Deve ter passado mais de uma hora desde o momento em que eu fiquei para aqui aparvalhada, a olhar à volta, mais pedrada do que a cinderela, sem fazer a mínima ideia do que é que se está a passar. Para dizer a verdade, já lá vai o tempo em que eu percebia alguma coisa do que ia acontecendo na minha vida. O que vale é que hoje isso nem me está a dar para deprimir. Estou só a rir-me, que nem parva, certa que se me visse de fora me ia julgar um monglóide de todo o tamanho, sem fazer ideia do que devo fazer a seguir. Mas esbofetear-me parece-me uma excelente opção, a ver se aprendo a não me precipitar. E a engolir o orgulho.

#cortandoospulsoscomafinco

Still there's things i'd do, darling, i'd go blind for you

Se isto não é a música mais deprimente de sempre, não sei qual será.

crónica de uma patrícia à beira do desespero

O lado bom de estar tão atrofiada do sistema que tenho a sensação de que vou espetar um qualquer objeto pontiagudo na carótida no momento em que me permitir a ter todos esses pensamentos destrutivos que tenho estado a tentar evitar desde que... well, assumi que os teria, é que ao menos já estou farta de estudar matemática. Desta vez, resultou. Pelas minhas contas, se estudar de maneira a esquecer todos os dramas dos últimos tempos, devo transformar-me num pequeno génio em menos de duas semanas. Ámen.

confissões das duas da manhã

Estou fodida da vida com ele, mas nem tenho razão nem motivos. What the hell is wrong with me?!

sábado, 15 de março de 2014

para variar

Contava ter estudado mais por esta hora, mas dói-me tanto a cabeça e estou tão sem paciência que nem tomar banho me apetece. Boa.

sério

Por mais que sempre tenha tentado lutar contra essa ideia desoladora, não consigo evitar aquele velho pensamento extremista de que existem dois tipos de pessoas: as puramente más e as absolutamente boas. Creio que se conseguisse convencer-me, de uma vez por todas, que estamos todos no mesmo saco, que somos todos assim-assim, isso me evitaria muitas desilusões futuras. E curaria algumas passadas também.

acho que é uma indireta

Ainda é para mim um mistério a razão que move a minha progenitora quando, no andar de baixo, me pede que desça as escadas para ir fechar as janelas, quando ela o poderia fazer em trinta segundos. E isto acontece mais vezes do que aquelas que vocês acreditariam.

#cinderelaconfusa

Mas como, senhores, COMO, é que já há gente na praia?
Eu... eu ainda tenho quatro cobertores na cama.
E lençóis polares.
E um edredão. 

vão-se foder.

Está aqui uma pessoa cheia de sentimentos confusos, que vão desde a vontade de o asfixiar, espancar e arrancar orgãos a sangue frio à de o abraçar e assumir que a última coisa que quero é asfixiá-lo, espancá-lo e arrancar-lhe orgãos a sangue frio, a fazer um esforço do caralho para esquecer isto tudo, para o bem da minha pouca sanidade mental, e parece que tudo vai ter a ele. Toda a gente me fala dele. Toda a gente me parece ele. Tudo me faz lembrar dele.

E então eu quero asfixiá-lo. Com um abraço.

contra-relógio

Acho que ele se vai mudar de país em breve. Ok. Agora sim, estou a entrar em pânico.
Não o vou deixar ir sem me ouvir. Juro que não vou.

cinderela e a carta de condução

Estranhamente, aquilo que mais me custou a habituar é ao facto de agora ser eu quem tem as chaves, e ainda acontece ficar a olhar para o carro com cara de parva, à espera que alguém o destranque enquanto as ditas estão perdidas algures no poço sem fundo que é a minha mala.

Mas foi pior ao início, quando nem me lembrava que tinha de tirar a chave da ignição. Hoje, tinha já palmilhado meio quilómetro, quando me lembrei que não o tinha trancado. Ser eu é um bocado triste.

sexta-feira, 14 de março de 2014

já vi isto antes

Eu estava a achar estranho o facto de este post ter ultrapassado as 300 visualizações enquanto o diabo esfregou um olho, mas nem disse nada. Percebi, finalmente, que o que se passa é que estou constantemente a ser pesquisada pela palavra conas.

Mas porquê? Porque é que vocês acham que este é o sítio certo para resolverem as vossas  frustrações sexuais? Oh lord.

depois, irrito-me

Nunca vou conseguir compreender aquele tipo de gente que parece depender dos outros para tudo. Sério. Ou sou eu que sou muito independente, ou é esta gente que tem uma necessidade absurda da aprovação dos outros para meterem um pé à frente do outro. Ah pá.

don't cry for me, alforrecas!

Eu sei que este blog anda mais parado do que a vossa vida sexual mas, verdade seja dita, não tenho tido muito tempo e a paciência consegue ser ainda menos do que o tempo. Ainda hoje, por exemplo, fiquei em casa e planeei estudar matemática a tarde toda, mas ainda não fiz mais nada do que olhar para a parede e deprimir. São vidas.

soube-me pela vida

Levantei-me há cinco minutos. Invejem-me.

e amanhã logo se vê

Pode parecer exagero, mas parece que nos últimos tempos têm sido cada vez mais raros os momentos em que sei o que estou a sentir. Acho que já nem sei no que é que penso, mas penso, claramente, de mais. Não sei o que fazer. Acho que vou dormir.

quinta-feira, 13 de março de 2014

corto os pulsos ou atiro-me da ponte?

Não dou grande importância à maior parte das coisas que as gajas, habitualmente, têm como prioridade, e faço questão de me afirmar como o macho latino da zona, mas afinal sempre sofro desses males femininos e da tendência desastrosa para me transformar num quebra cabeças.

E, fêmea que é fêmea, há de saber do que falo: imaginei um cenário que, apesar das circunstâncias, posso considerar improvável por aquilo que conheço, mas depois disseram-me que por acaso havia quem dissesse o mesmo e, ba dum tss: estou na azia com ele. Por uma coisa que só existe na minha cabeça mas, ainda assim, nem consigo olhar para ele da mesma maneira. Valha-me deus.

a sério

Eu estaria neste momento a dar graças a deus e a planear uma ida a fátima a pé se tivesse emagrecido nas pernas, no cu, na barriga, nos braços, nas unhas, no cabelo, wtv, mas não. Onde é que eu havia de ter emagrecido? Nas mamas. 

Mais um bocado e começo a andar com dois buracos negros no lugar das ditas cujas. Credo. Puta de vida.

quarta-feira, 12 de março de 2014

amanhã

Vou engolir meia tonelada de orgulho e, pela primeira vez, ser a que dá o braço a torcer. Prometo.

a minha vida começou aqui

)


Sei de alguém
Por demais envergonhado
Que por ser tão desajeitado
Nunca foi capaz de falar

Só que hoje
Viu o tempo que perdeu
Sabes que esse alguém sou eu
E agora eu vou-te contar

Sabes lá
O que é que eu tenho passado
Estou sempre a fazer-te sinais
E tu não me tens ligado

E aqui estou eu
A ver o tempo a passar
A ver se chega o tempo
O tempo de te falar

normalidade vs patrícia

Triste não é eu ter definido uma pergunta de segurança, dado o número de vezes que me esqueço do padrão para desbloquear o telemóvel. Triste mesmo é eu ter-me esquecido também da resposta à pergunta de segurança - e um atestado de senilidade é a pergunta ser onde é que eu nasci.

(ok, eu sei onde nasci, só não me lembro exatamente de o quê e como é que escrevi)

ele estava um degrau acima

Provavelmente porque da última vez que me viu, ontem, eu estava a ter um ataque de choro e fugi dele, hoje passou-me o braço por cima dos ombros e ficou a olhar para mim enquanto subíamos as escadas. E eu queria ter-lhe pedido desculpa por ser tão insensível, queria ter engolido o orgulho e assumido que sinto a falta dele. Queria ter-lhe dito que, foda-se, pode não parecer, mas eu gosto muito dele. O que é que eu disse?

Cresceste!

...
...
...
...


a ver se me matam

Juro-te que é mais fácil ser aquele que parte do que o que fica, é simples dizer "espera por mim" e dormir à noite. Juro-te que o melhor é não querer saber, deixar andar, acender um cigarro de cabelo molhado e saia curta, num bico escuro e curtir como um qualquer. Calha melhor um risinho histérico do que uma resposta com pés e cabeça, o engraçado é ser fofa, encantadora; poucos gostam de gente dura, sincera. Juro-te que é fácil julgar os outros, os insultos fluem; o díficil, é ser aquele que ouve, pensa e repensa, remoí. Juro-te, é simples ser só mais um ser perdido neste mundo, ao sabor da maré; o complicado, o que nos destroí e alimenta a vida, são os sonhos que perseguimos, os que nos matam e orgulham. Juro-te miúdo, há muita coisa fácil e há sempre duas versões para cada história. Há tantos caminhos, tantas vidas, pessoas, tentações, tantos "e se..." que no fim é impossível descobrir quem somos nós e o que perdemos no processo. É díficil saber quem poderiamos ter sido. Mas sabes puto? Se queres que seja sincera, sempre gostei de complicar e não tenho problemas em admitir isso.

roubado à serena.

Era demasiado eu para não o espetar aqui. É muito isto, é tão isto! 

terça-feira, 11 de março de 2014

quero voltar ao que era

Perdi-me a meio. Ainda não percebi o que se está a passar na minha cabeça, ainda não percebi porque raio me sinto tão mal. Ou percebi, mas não gostei do que descobri sobre mim mesma - o que é que se faz quando parece não haver nada a fazer? Como é que isto me foi acontecer logo agora?

Pudesse eu voltar atrás. Pudesse eu mudar tudo.

é fácil fazer as pessoas odiarem-me

A prova de que às vezes o meu pequeno cérebro pára é que ainda hoje dei por mim a rir-me na cara do moço quando ele passou por mim. No lugar dele, teria jurado a pés juntos que estavam a gozar comigo - quando, na realidade, eu não conseguia parar de rir porque estava a achar adorável. Cromo, mas adorável.

Depois queixo-me.

pronto, surpreenderam-me

As coisas andam mal outra vez e eu não sei para onde me vire - tive um desses ataques de choro que uma pessoa nem sabe muito bem de onde vêm, quando se começa a chorar por uma merda sem jeito e meia hora depois se continua a expelir baba e ranho porque uma cachopa nos puxou o cabelo no infantário. Foi triste, e eu odeio chorar com assistência - mas nem consegui parar, nem contar a ninguém porque é que chorei.

O estranho foi que, de todas as pessoas minhas conhecidas que por lá passaram, foi uma miúda com quem eu nunca simpatizei particularmente que se veio sentar ao meu lado, e só saiu quando eu lhe assegurei que ficava bem. E foi essa mesma miúda que, poucas horas mais tarde, me veio perguntar se eu estava melhor. Bem feita para mim, a ver se aprendo a não odiar meio mundo.

outra vez o cabelo


Aqui a cor está mais fiel à realidade.

cartas que não vou enviar

Enquanto esperava pela boleia, fiquei perdida no meio da estação. Não literalmente, claro, mas perdida ainda assim, entre todas aquelas caras desconhecidas que iam passando por mim, vindas de lado nenhum, enquanto uma voz monocórdica e anónima ia anunciando a chegada de mais um comboio e a partida de  outro.

Tive saudades, imagina só - de resto, toda eu sou feita de saudades ou não fosse eu portuguesíssima, dessas sofredoras que quase juram a pés juntos que as pedras da calçada de coimbra também choram quando na rua se ouve fado. Tive saudades tuas e esperei, sem esperança, que saísses de um daqueles comboios, quase todos vindos de longe, e me fizesses sentir em casa outra vez.

À minha volta só se ouvia o arrastar das malas ao longo da gare, passos lentos de quem não quer partir, passos apressados de quem tem alguém à espera, silêncios de quem nem sabe se vai se fica. Acho que eu era uma dessas pessoas, das dos silêncios. Das indecisas. Das que, não tendo ninguém à espera de qualquer um dos lados da linha, continuam na esperança de que, como que por milagre, alguém lhes sinta a falta. E senti saudades tuas e desse futuro que inventei para nós mas não nos pertence. Senti saudades do tempo em que os meus sonhos faziam sentido e eu não lhes fechava os braços, com a alma em chamas pelo medo de me deixar ir assim.

Acabei por desistir; a cada nova partida, a cada nova chegada, eu sentia uma dor lancinante que nem sabia de onde vinha, nem sabia o que me doía. Talvez tivesse concentradas em mim todas as saudades de quem se despedia, todas as ânsias de quem recebia, de braços abertos, alguém que também daqui fugiu por uns tempos. E tive de acabar por aceitar que, por mais comboios que passassem, nenhum deles te traria até mim e que a espera, além de inútil, é injusta e tortuosa. Tive de aceitar que nunca virias, ora porque não queres, ora porque não podes, ora porque nem sabes que sempre te esperei. Na dúvida, posso ir ao teu encontro. Ou fugir de vez, na direção oposta.

tenho de confessar

Por mais que seja incapaz de o assumir em voz alta, é verdade que quando leio no twitter dele frases como mexes mais comigo do que aquilo que eu gostaria, eu me fico a perguntar se, ainda que apenas por meio segundo, ele não pensou em mim. Se não foi o meu nome que lhe veio à cabeça.

Sei lá. Eu posso sentir-me uma lontra obesa e achar-me horrenda mas, foda-se, o gajo come-me com os olhos todos os santos dias. Há 3 anos. 

e o mundo recompõe-se

Começo, finalmente, a ter ideias para um nome mais ou menos decente para isto, que não me faça sentir tão mal por abandonar o meu antigo blog. A ideia é as pessoas perceberem desde o primeiro contacto que não vale a pena levarem-me muito a sério mesmo porque eu não regulo bem do sistema. E pronto, à falta de melhor, achei de vocês deviam saber disso.

reflexões de uma mente perturbada

Mentimos todos quando dizemos que não temos papas na língua, que dizemos tudo a toda a gente sem medo - claro que é mentira. E falo na pele de alguém que tem tendência para se desbocar e ser demasiado sincera nos piores momentos: ainda assim, é óbvio que deixo muita coisa por dizer.

Há sempre uma palavra que tememos, uma conversa de que fugimos. Algo que não queremos dizer porque temos medo, ainda que nos pareça impensável assumi-lo a nós mesmos - logo nós, tão bons nesse jogo da verdade, tão donos de nós mesmo, tão capazes de tudo. Acreditem em mim, fica sempre alguma coisa suspensa, uma frase que se nos fica entalada na garganta durante dias, meses, anos se preciso for, mas continuamos a preferir asfixiar-nos no orgulho do que deixá-la sair.

Outra das coisas que parecemos não perceber é que só somos bons a reclamar, a dizer que não gostamos, a injuriar - se for para elogiar, para dizermos que gostamos, encolhemo-nos no nosso canto e passamos a palavra a outro, umas vezes por cobardia, outras por pura inveja. Mas isto são pormenores irrelevantes de que ninguém quer saber; se perguntarem, diremos que não nos arrependemos de nada, que sempre assumimos o que pensávamos e sentíamos a toda a gente, sem medo de julgamentos e que está tudo bem. É mentira, mas ninguém precisa de saber.

segunda-feira, 10 de março de 2014

oh lord

Ainda não vivi tempo suficiente para perceber como é que uma coisa destas acontece. A sério que não. Como é que é possível deixarem um animal chegar a este ponto? Geez.

trying not to freak out

Tenho intermédio amanhã e hoje tenho mais que estudar do que os meus pobres neurónios aguentam. Oh lord.

not a funny story

Não é que eu queira reviver nenhum passado, nem revirar um sentimento revirado
Mas toda vez que eu procuro uma saída, acabo entrando sem querer na sua vida.


Por incrível que pareça, só ouvi na sexta feira é que ouvi isto pela primeira vez. E meio que fez sentido, meio que senti.

mensagens que não vou enviar

O que me chateia é saber que se eu só te puder ver cinco minutos por semana, esses serão os meus cinco minutos mais felizes, e tudo o que eu fizer, tudo o que eu disser durante os que me sobram longe de ti, será a pensar neles - e não gosto disso. Odeio isso. Não quero arriscar-me a ficar sem os meus cinco minutos de felicidade só porque uma semana resolves não vir. Só porque não queres saber. 

 E é por isso que fujo. É cada vez mais difícil ficar.

eu já

Liguei-lhe em privado só para ouvir a voz dele. Ele não atendeu.

como se eu tivesse alguma coisa a ver com isso

Tenho a mania que sou má e que não me importo com nada mas depois fiquei estupidamente contente quando me disseram que ele até teve boa nota no teste, mesmo sem copiar por ninguém - e mesmo tendo em conta que o mais provável é eu ter bem menos do que ele. Sei lá. Pode ser que atine, só lhe fazia bem.

domingo, 9 de março de 2014

sem tempo outra vez

Tenho intermédio de matemática terça feira e estou completamente perdida aqui no meio. Mas porque é que eu fui para ciências? PORQUÊ?!

sábado, 8 de março de 2014

still alive, but barely awake

Não morri mas as coisas estão difíceis por este lado. Dormi no chão - okay, não foi bem dormir. Fiquei deitada, várias horas a fazer pequenas sestas até as outras duas terem voltado à vida, no chão - e além de me doer tudo, tenho olheiras até aos joelhos e estou feita um peido mole, mais para lá do que para cá.

Agora devia mesmo ir estudar. Mesmo mesmo - mas não posso. Diz-me dona mommy que tenho cerca de uma hora para tirar esta cara de quem foi desenterrada ontem, vestir qualquer coisa e sair outra vez. Lontra sofre.

sexta-feira, 7 de março de 2014

porque é que ainda não me fui embora?

Porque tu aí estás. A fazer-te passar pelo que não és, é certo, mas continuas aí e eu só o descobri momentos antes de fechar a porta de vez. Foi um golpe de sorte.

Se fizesses ideia de quanto vales mais quanto te permites a ser tu próprio, nunca mais cairias na tentação de te transformares nessa pessoa que eu repugno só para agradar aos outros. E talvez nem concordes, talvez nem queiras saber - mas está dito. Gosto daquilo que és, não daquilo que queres ser.

para que conste

Se se estiverem a perguntar porque raio ainda não detonei o outro blog, a resposta é simples: agora tenho a certeza de que ele o lê e uso aquele antro como um comando à distância. O rapaz nem repara na forma como eu o controlo.

Está errado, está sim senhora, mas se ele não fosse conas, nada disto seria necessário. E eu prometo acabar com isto, no máximo, até ao final da próxima semana. Prometo.

primeiro dia de dieta a sério

Planos para hoje:

jantar duas vezes.


eu ia mesmo explodir com isto à meia noite mas...

Não sou de lamechismos, não sou de beijinho-beijinho todas as manhãs nem de gosto-muito-de-ti em todos os finais de tarde em que me separo dela. Na realidade, as únicas ocasiões em que faço questão de a lembrar de que ela é de facto uma das minhas pessoas preferidas, é quando ou a) ela está a ter uma crise de identidade e a ponderar espetar uma caneta na carótida ou b) fiz merda da grande e parece-me bem declarar o amor que lhe tenho antes que ela espete a caneta na minha carótida. Não íamos querer isso.

Não sou de lamechismos, já disse. Não lhe chamo nenhum nome fofinho - chamo-lhe patrícia e toda a gente sabe que só pode ser o outro elemento da famosa dupla das patrícias. Aliás, é raro chamarem-nos no singular e sei que, um dia, vou ter saudades disso. E também não me refiro a ela como a minha melhor amiga - é A amiga que já faz parte da mobília cá de casa, A amiga que é pouco menos do que um apêndice, A amiga, a única amiga, a quem eu posso ligar às cinco da manhã e que, mesmo assim, não me vai odiar, A amiga que, a não ser que esteja a cumprir as duas mil horas de soninho de beleza diárias, vai revirar meio mundo só para me ver feliz. 

Não sou de lamechismos, mas gosto mesmo muito dela. É a única pessoa a quem eu consigo adivinhar as expressões só pela maneira como me responde à mensagens. A única que parece saber o que eu vou dizer cinco milissegundos depois de eu o ter pensado. A única que quase não se importa que eu tenha um feitio tão fodido e seja demasiado sincera. A única que acha piada ao meu humor negro e ainda faz questão de piorar a coisa.

Não sou de lamechismos, mas tenho uma amiga com um atraso mental e é a única atrasada mental que eu não trocaria por nada neste mundo. Hoje faz 19 anos e subornou-me com comida para lhe escrever um post lamechas. Esperemos que valha a pena!




(well, well, EU SEI que disse que aquele era o último post, mas claro que entretanto me lembrei que o post a parabenizar a puta era obrigatório, além de que eu descobri que este antro ainda me tem alguma utilidade. a ver vamos no que dá. se me apetecer, se se proporcionar... ainda volto cá. gosto demasiado disto, está difícil de deixar)

quinta-feira, 6 de março de 2014

the not-so girly side

Sou a coisa menos fashion que vocês possam imaginar e, apesar de ter imensos vernizes de várias cores, ando sempre com as unhas pintadas de preto. Pintadas por mim, entenda-se, que tenho tanto jeito para o fazer quanto para dançar valsa ao pé coxinho.

Então ontem, atrasadíssima como sempre, tentei dar-lhes um jeito 10 minutos antes de sair de casa - worst idea ever. Uma pincelada em cada uma, que mais parecia ter sido dada com uma trincha, e saí de casa. Escusado será dizer que cheguei ao meu destino com mais verniz nos dedos propriamente ditos do que nas unhas.

Se alguém perguntar, digam que sou o alfredo, o mecânico. 

oficializando

Depois de ter adiado a transfega três mil oitocentas e trinta e três vezes, parece que é hoje o dia da grande mudança - o dia em que me fixo aqui. Sem grande vontade, deixem-me que vos diga, porque está difícil começar de novo. E, só para avisar, ainda nada é definitivo - desde ao meu nome ao nome do blog (e agora como é que eu penso num tão bom quanto o outro, pá?), está tudo em vias de ser alterado.

Portanto, bem vindos, seguidores que eu subornei com três cestos cheios de cremes da avon, rímel da oriflame, três presuntos e duas garrafas de azeite! Muito obrigada por fingirem que gostam de mim. Sejam bem vindos ao inferno!

estou cheia de boas intenções

Desde que decidi que me vou inscrever num ginásio e começar a fazer dieta - à base de nutella - que tenho andado a comer que nem uma porca. Sério. É naquela de engordo agora e perco depois.

Claro que na prática não é bem assim porque a gordura é a única coisa que sempre me foi fiel, mas tudo bem. Eu prometo que vou emagrecer. Quanto mais não seja para provar a mim própria que consigo.

mas apaixonamo-nos sempre pelo pior

Vocês perguntam porque é que eu não tenho namorado, e eu respondo: porque sou uma cabra. E porque sou feia pra caralho, mas isso são outros problemas.

Quando li o twitter do gajo fiquei com tantos ciúmes por ele dar a entender que só anda atrás de gajas gostosas - e, entenda-se, se anda é só mesmo no fb naquela de fap room porque na escola está sempre vidrado em mim que sou um turn off maior do que a belle dominique -, que decidi picá-lo. Foi assim que acabei por usar a informação valiosíssima que recebi há uns meses de dois supostos grandes amigos dele - o pobre inventou uma namorada e mentiu a toda a gente durante meses, chegou a dizer que ela lhe dava presentes.

Well, desconfio que ele lê o meu blog. E que já leu o post.
Menos de cinco minutos depois, estava a bela da indireta no twitter e o moço foi para a cama. Só tenho pena de ele ser giro que dói e eu ter uma crush por ele há 3 anos. Sério. Era eu poder escolher, a ver se ele já não tinha entrado em órbita. Noutra galáxia.

o último post

Estão a ver o fim de um reality show, quando fazem um vídeo com todos os melhores e os piores momentos dos concorrentes de maneira a deixá-los ali a chorar baba e ranho? É um bocado assim que eu me sinto neste momento. Parecendo que não, este blog tem tanta, mas tanta coisa escrita, coisas que a maior parte de vocês não conseguiria descodificar nunca - a brincar, contei-vos nas entrelinhas alguns dos melhores e dos piores momentos da minha vida. Os meus medos. Os meus sonhos. E custa sempre abandonar um sítio onde sentimos, finalmente, que éramos alguém. Que importámos. Sobretudo, quando temos a oportunidade de estar a fazer o que mais gostamos - e, se há coisa que eu gosto de fazer, é escrever.

Mas, como disse, o fim deste blog coincidiria com o fim de uma outra história, com a necessidade de recomeçar do zero agora que pareço estar cheia de mossas que o tempo teima em não curar - and this is it. Dentro de 24 horas, o blog estará apenas visível para mim e, desta vez, não há retorno. Por mais que me custe, não posso continuar aqui - e por isso, até à meia noite de amanhã, quem estiver interessado em conhecer o meu novo blog, pode pedir aqui - à semelhança dos outros comentários com esse mesmo intuito, não os vou aceitar.

A quem fica, obrigada. E até um dia.

quarta-feira, 5 de março de 2014

bad luck j

Perdi dois minutos a ler o twitter do gajo e foi impossível não me rir - o moço arma-se em garanhão, em ah e tal que eu só quero as gostosas, como se fosse um pussy magnet. O que se esqueceu de contar é que teve uma namorada imaginária durante meses. Que lhe dava presentes e tudo.

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sem tempo, sem paciência

Don't even ask, mas hoje é um daqueles dias em que nem respirar me apetece - já devia ter estendido a roupa, já devia ter feito a cama, já devia ter tomado banho e feito qualquer coisa com estas unhas, já devia ter arrumado o escritório - mas não porque, afinal, ainda tenho quase duas horas antes de sair. Uma hora e meia, vá, e tem tudo muito mais piada feito nos últimos 20 minutos.

Manias.

insónia

Naquele dia, ele acordou tarde; os estores estavam ainda corridos e no ar não havia o aroma a café acabado de fazer, comum a tantas outras manhãs - ela foi-se mesmo embora, pensou. Era o início de uma nova vida.

Levantou-se de um salto; ainda não conseguia decidir se estava a viver o maior dos seus sonhos ou o pior dos seus pesadelos. Ela tinha-se ido mesmo embora, tal como dissera mil vezes antes que faria. Ele nunca acreditou, claro - onde iria ela? Ele era tudo o que ela tinha. Mas ela foi-se mesmo e era ele quem estava perdido.

Quando entrou na sala, teve de piscar duas vezes os olhos para tirar da cabeça a ilusão de que o sofá ainda conservava a forma do corpo dela deitado, como se ela tivesse acabado de se levantar e ainda fosse possível sentir o calor dela naquelas almofadas. Chegou mesmo a olhar à volta, expectante, porque estava capaz de jurar que lhe sentiu o perfume. Devia estar louco. Só podia estar louco.

Ela era obcecada com regras. Queria as coisas todas no lugar, queria tudo certo, era incapaz de se atrasar um minuto que fosse, nada de música alta, tudo tinha de ser equilibrado e perfeito - enfim, era uma dessas pessoas que apertam a pasta de dentes deste o fundo porque não gostam de a ver amachucada. Naquela manhã, ele podia fazer o que quisesse; deixou no player um álbum completo dos black sabbath que ela sempre odiou, no máximo, e foi tomar banho.

Fez de tudo para ignorar a estranheza de não encontrar mais do que um frasco de champô e um sabonete meio gasto, quando era hábito picá-la por usar todas aquelas coisas que ele nem sabia ao certo para que serviam - mas não lhe bastava o cabelo lavado? -, tentou ignorar o facto de a casa lhe parecer mais vazia do que no dia em que a compraram juntos, desprovida de qualquer móvel. E no fim, tentou vingar-se dela; atirou a toalha molhada para cima da cama, deixou a roupa espalhada pelo chão e nem sequer descarregou o autoclismo. A ideia de a irritar, animava-o - ou animou-o até ele se ter apercebido de que ela nunca descobriria. Ela já não queria saber.

No dia em que ela se foi embora, ele disse-lhe que nunca tinha gostado realmente dela. Que só a tinha usado pelo dinheiro. Mentiu. Ele convenceu-se desde o primeiro dia de que era essa a razão porque nunca se permitiu a assumir-se apaixonado. Achou sempre que isso era coisa de outros, não dele, que nunca deixaria que mulher nenhuma o destruísse - tão inocente. Não compreendia nessa altura que não se tratava de deixar ou não deixar, que isso de se estar apaixonado era pior do que uma doença contagiosa que ninguém conseguia controlar. E então, aprendeu a mentir a si mesmo. Que era pelo dinheiro. Que era pelo sexo. Que era pela companhia. Nunca foi.

Percebeu-o nessa manhã quando foi preparar o pequeno almoço - tirou distraidamente as duas canecas do armário, como sempre, e pousou-as em cima da mesa. Frente a frente, como sempre. Depois sentou-se, incapaz de pensar sequer em comer o que quer que fosse; não percebia porque raio estava a infligir aquela dor a si mesmo, porque razão tinha tido a ideia de se torturar ainda mais - e foi nesse lugar da cozinha, com o sorriso da caneca dela como que a observá-lo deleitado, que ele deixou cair a cabeça sobre a mesa e começou a chorar como nunca se lembrava de ter feito.

Partiu a caneca. Ela não iria voltar.

é isto

Já não me lembro da última vez em que dormi em condições. Em que me senti bem. Estou confusa, irrequieta, assustada - parece que nada faz sentido. Não consigo ser coerente, não consigo pensar a mesma coisa durante um par de dias seguidos. 

Estou apavorada e a perder a coragem. Tenho medo de me humilhar, tenho medo de me magoar outra vez - e então, recuo quando o que mais quero é atirar-me de cabeça. Neste momento, qualquer uma das hipóteses me parece fatal e eu não sei o que fazer. Não sei mesmo.

Preciso de acabar com isto, mas nem sei por onde começar. E tenho medo do que possa acontecer. Medo de falhar outra vez. Eu não preciso de mais motivos para me odiar.

a quem queria ver o cabelo



Por mais fotos que tire, nenhuma fica minimamente parecida com a cor que realmente está. Fica aqui a ideia mas, ao vivo, o laranja é muito mais claro e intenso.

Retomando a emissão normal.

terça-feira, 4 de março de 2014

rebolando

Queixo-me que estou gorda.
Deprimo.
Vou fazer waffles.

as coisas importantes são as mais difíceis de dizer. acabei de ouvir isso num filme - e é verdade. achei que me cansaria, achei que teria sono, mas não tenho. sinto-me cansada, isso sim. de consciência pesada talvez. angustiada.

achei que esta noite dormiria bem, mas enganei-me outra vez. há coisas que preciso de fazer antes disso. antes que enlouqueça.

está quase. está mesmo quase.

segunda-feira, 3 de março de 2014

deixem-me que vos conte

Nunca fui obcecada por nenhum famoso, nem tão pouco sou capaz de vos dizer quem são os meus atores preferidos ou coisa que o valha, mas o jared leto é a minha famous crush desde os 14 anos, altura em que andava vidrada nos 30seconds to mars.

Agora já nem lhes ligo tanto, mas continuo a perguntar-me como é que um homem mais velho do que o meu pai pode ser assim, lindo que dói, e ainda ter uma voz de causar orgasmos cerebrais múltiplos. 

Ontem ganhou um óscar e fez um discurso capaz de comover qualquer um. Acho que vou manter a minha crush.

o que é que custa mais em mudar-me permanentemente para aqui?



Isto.
Isto é deprimente.

turn the music on

Para variar, acordei de mau humor, a fazer filmes atrás de filmes e a amaldiçoar tudo quanto mexa - decidi fazer o que faço sempre; virar fada do lar. Tratar da roupa, limpar, desarrumar só para poder arrumar outra vez. Sinto-me muito pouco equilibrada, como podem imaginar, mas ao menos o acesso de loucura sempre me vai servir para subornar dona mommy cá de casa.

Quando me acalmar, vou estudar. 
Até depois.

mensagens que não vou enviar

Talvez nunca chegasse a fazer sentido, mas eras tu. De entre todos eles, mesmo quando eras o que menos parecia valer - foste sempre tu. E continuas a ser, mesmo que eu nunca consiga saber explicar porquê.

domingo, 2 de março de 2014

flipped

It's about honesty, son. Sometimes a little discomfort in the beginning... can save a whole lot of pain down the road.

A ver se aprendo alguma coisa.

god why

Houve uma altura da minha vida em que eu andava a desesperar para que o meu cabelo crescesse depois de, num momento de loucura, me ter dado na cabeça que o queria cortar pelos ombros. 
Entretanto, comecei a gostar desse corte, comecei a gostar de me ver assim - o meu cabelo começou a crescer à velocidade da luz. Sério! Pintei-o de laranja - sim, laranja laranja, lidem com isso - há uma semana e... já se notam as raízes.

What the hell is wrong with me?!

flipped

Some of us get dipped in flat, some in satin, some in gloss; but every once in a while, you find someone who's iridescent, and once you do, nothing will ever compare.

i did it

Ser meu amigo é o equivalente a receber mensagens minhas a meio da noite com as conclusões fascinantes a que eu chego, com toda uma coleção de coisas que eu percebo meio milhão de anos depois de me terem começado a dizê-lo - juro, eu sou a coisa mais inocente no que toca a mim própria, demoro uma eternidade a admitir que alguma coisa boa me possa acontecer e, normalmente, esses momentos de luz só acontecem quando são 3 da manhã e eu não tenho sono.

Bom, ser meu amigo também é receber uma chamada minha, às quatro da manhã, a dizer que já não distingo a vida real do harry potter, mas isso, estou certa, foi só por ser verão e eu andar atrofiada do sistema. Enfim, gente doida é outra coisa.

patrícia e o caminho para o inferno

Ri-me muito mais do que gostaria de admitir ontem quando, no telejornal, apareceu uma manifestação dos paraquedistas e, lá para o meio, enquanto falavam dos cortes, um dos homens referiu o facto de lhe faltar uma perna.

Não sou de intrigas, mas acho que os meus pais ficaram a achar-me um bocado psycho e a ponderar tentar arranjar-me uma vaga no júlio de matos - mas a ligação entre os cortes e a falta de uma perna pareceram-me a coisa mais hilariante do mundo.

Mas não se preocupem comigo! O inferno sempre me pareceu um sítio divertido, acho que pode correr bem.

mais do mesmo

Adormeci quase às seis da manhã e, mesmo assim, houve tempo para sonhar que estava a viver num filme de terror, que o meu explicador me estava a arrancar um dente do siso (?!) e ainda ter o mesmo pesadelo de sempre - sô dona lontra feliz e contente na praia, quando há um tsunami. Um dia ainda vou acabar por perceber que raio de trauma tenho eu com o mar, e porque é que morro de medo sem me lembrar porquê. Enfim.

ainda de ontem

Mas serei eu a única que se usa o estilo homeless - estas coisas ficam sempre melhor em inglês, aprendam comigo! - para andar em casa? Sério, às vezes pareço uma dealer pedrada que não tem onde cair morta, mas até camisolas do meu pai uso por gostar de andar com roupas largas.

How sad?

e não uso óculos,

gajo 1: já nem me lembro do último livro que li, detesto ler!
gajo 2: eu também odeio!
eu: oh lord, eu adoooro ler!
gajo 1: tu?! só se for mensagens...
eu: não, a sério! eu gosto mesmo de ler.

Ficaram os dois a olhar para mim como se eu fosse um alien.
Uma pessoa pode não ter ar de nerd mas gostar de ler na mesma, ok? Ok.

cartas que não vou enviar

Talvez esta seja a última vez que te escrevo, talvez acabe por o fazer mais uma vez, no desespero do momento em que sei que a minha mão se desprende da tua e cairás para o abismo do esquecimento. Claro que nada disto faz o mínimo sentido, nem a minha mão está na tua, nem te te apago da memória em trinta segundos. Antes fosse assim.

Estou a tentar expulsar-te da minha vida. Estou a tentar despedir-me, porque não consigo continuar assim - esse mesmo jogo, dia após dia, começa a cansar-me porque ninguém ganha, ninguém perde, e nem sei se chegamos a estar empatados. Estamos estagnados, isso sim. A atrasar-nos. Estou a tentar expulsar-te da minha vida porque não tenho um pingo de coragem de sobra para te pedir que entres nela de uma vez, ao invés de ficares a encobrir a porta e, ainda que sem saber, não deixes ninguém entrar nela. Desculpa-me a expressão, mas és o típico português que nem fode nem sai de cima, e eu estou farta disso.

Há um milhão de perguntas que gostava de te poder fazer - se, por exemplo, ouves a minha voz dentro de ti enquanto lês isto, ou se nunca estiveste suficientemente atento para a absorveres. Ou se alguma vez eu fui a primeira pessoa em quem pensaste quando ouviste o meu nome. Se alguma coisa te lembra de mim. Se, por um segundo que seja, eu te mereci algum respeito ou se, de todas as vezes que falaste de mim, foi para gozar, para criticar, para deitar ainda mais abaixo. E, mais do que tudo, se estavas a ser sincero. Mas duvido que algum dia me chegues a responder - ou não tivesse já eu experiência mais do que suficiente nessa tua conísse aguda.

Estou a tentar expulsar-te da minha vida, porque parte de mim ainda acredita que tu possas ser suficientemente psicótico para te dares ao trabalho de perder todo este tempo só para gozar com a minha cara, e eu não suporto conviver com essa ideia. Na realidade, o que mais me custa em ti, é mesmo essa incerteza toda à volta do que raio queres tu de mim afinal. E eu perguntar-te-ia, se tivesse a mínima esperança de que me respondesses.

Estou a tentar expulsar-te da minha vida, porque nunca estiveste realmente nela, mas também nunca mais saíste desde que apareceste - e isso é talvez o mais estranho de compreender. Porquê tu? Não sei. Já desisti de tentar explicá-lo, já não falo de ti a ninguém; ninguém entende. Nem mesmo eu. Ou muito menos eu. E é verdade que eu não tenho medo das palavras - mas tenho medo dos sentimentos. Correrei contigo a paus e pedras, se preciso for, mas nada do que eu disser será verdade. Estou a tentar mandar-te embora, mas quero ir contigo.

O problema é que já passou tanto tempo que eu já me esqueci de como era a vida antes de ti, de como eram as coisas antes de teres aparecido - no dia em que te expulsar da minha vida, vou sentir a tua falta. E a minha também.

apercebi-me

Passo a vida a tentar arranjar respostas para tudo mas as melhores coisas são sempre aquelas que eu não consigo explicar. Acho que devia ir dormir.

deprimência é isto

Aquele momento em que eu encontro um fashion blog e percebo que a gaja se veste melhor para estar em casa do que eu para sair à rua. Talvez eu devesse repensar essa minha mania de me estar a cagar para modas e para o que os outros vestem.

Ou talvez não devesse voltar a entrar num fashion blog. Nunca mais. Nunca. Mais.

sábado, 1 de março de 2014

siga

Sentia-me um bocado mal por admitir que já ando a sonhar com o verão, ou com as festas do verão vá, ainda no inverno, até ontem ter estado com dois gajos que passaram mais de uma hora a  falar-me do quão awesome vai ser o sunset este ano porque são dois dias, porque vai lá o alesso, porque talvez venha o armin van bureen. Okay, afinal não sou a única a ter orgasmos cerebrais múltiplos de cada vez que penso nisso. 

E que julho chegue rápido, ámen.

para bom entendedor

A melhor anedota que eu ouvi nos últimos tempos foi sofri de bullying por causa do bigode. Sério. Há gente que faz cada coisa para chamar a atenção que perde a noção do ridículo.

Foda-se, voltem para o útero!

the end is near

Quando uma gaja - aí com 17, 18 anos - não sabe quem é o jorge jesus.


lontra foréber!

Está a chover para caralho, outra vez, e eu tenho montes de coisas para fazer... mas acordei outra vez tonta que eu sei lá e só me apetece ficar a vegetar no sofá. Valha-me nossa senhora.

mentira da barata

Passo a vida a dizer que não gosto de pessoas e odeio crianças, mas depois fico a derreter com o miudito deficiente que, todas as manhãs, me vem perguntar se quero casar com ele. Enfim.

tenho mais colhões do que ele

Já não é a primeira vez que estou distraída e, quando o vejo, ele está a olhar para mim e a sorrir - mas o pico da fofísse, foi hoje; depois de ter estado uns 10 minutos a fingir ignorar a minha existência enquanto, muito mal disfarçadamente, observou cada gesto meu pelo canto do olho (sério, o moço dá um bocado nas vistas porque faz sempre a mesma coisa; brinca às estátuas, fixo num ponto perto de mim), e depois, apesar de estar de costas, ficou a espreitar o meu autocarro a ir-se embora até ele lhe desaparecer de vista.

Se não fosse comigo, sei que não demoraria mais do que trinta segundos a fazer o diagnóstico ao rapaz - mas ele é giro que dói e eu sou só a totó dos livros, feia, gorda e com mau gosto para se vestir. E, espantem-se, apesar de isto durar há praticamente três anos, na minha cabeça ainda faz sentido que ele só faça estas coisas para gozar com a minha cara, mesmo tendo de reconhecer que, a não ser que ele seja um psicopata, isso é praticamente impossível. 

E é assim que vocês ficam a saber que há três anos que eu estou apaixonada por um gajo que não tem coragem para me falar - da última vez, ficou tão aflito que até teve de fingir uma chamada para ir respirar a uns metros de mim. Depois voltou. Depois fugiu. Sinceramente, acho que estou a ficar maluca.