sexta-feira, 11 de abril de 2014

quando eu digo que sou distraída

Como a viagem era curta e não me apetecia andar de malinha atrás, levei a carteira, o telemóvel, as chaves de casa e a chave do carro na mão. Assim que entrei, espetei tudo no colo da patrícia porque não me apetecia assistir ao vira dos meus pertences no tabelier; preparei-me para meter o carro a trabalhar. A chave não estava na ignição, não estava no colo da patrícia, não estava no meu bolso. No meu íntimo, já só imaginava cenários desastrosos e lembrava-me de um livro que li há uns anos onde as coisas que desapareciam misteriosamente nunca mais apareciam, e ai jesus que vai tudo com o caralho porque o carro nem é meu e... fez-se luz.

Abri a porta, tirei a chave do lado de fora e meti-a logo na ignição antes que a metesse noutro sítio qualquer. 
Vou ser gozada para todo o sempre.

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