quarta-feira, 11 de junho de 2014

devaneios das três da manhã*

Descobri há relativamente pouco tempo que uma das minhas sensações preferidas é a de encontrar frases sublinhadas em livros requisitados - acreditem ou não, tem mesmo o seu fascínio percebermos que há frases que a nós não nos dizem absolutamente nada mas que, de alguma forma, marcaram outra pessoa qualquer. 

Desde então, passei a fazer o mesmo. Apanhei o vício de sublinhar, a lápis, aquilo que gosto, as frases com que me identifico, as passagens que descrevem algo do que estou a viver ou já vivi. Deixo-lhe marcas da minha passagem, talvez tão inúteis quanto a bandeirinha que o homem espetou na lua mas, ainda assim, marcas minhas, sinais de que estive ali e de que alguma coisa me fez estremecer. Quem sabe se não me torno nesse sorriso de entendimento que surge sempre que lemos alguma coisa que parece ter sido escrita para nós? E então fiquei ali eu, anónima, silenciosa, como que a abraçar quem o sentir. Como que a dizer eu compreendo-te.

*aproveito para referir que a maioria, senão a totalidade, dos posts que aqui são publicados têm sido agendados a horas manhosas, que é mais ou menos a altura me que me lembro de tudo o que quero dizer e vou escrevendo para compensar o resto do tempo em que nem me posso lembrar de que tenho um blog. ora, quero com isto dizer que os comentários são lidos e aceites em visitas relâmpago e por isso peço desculpa pela demora a aceitar e pela possível ausência de resposta.

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