domingo, 31 de agosto de 2014

isso

Um dia perguntei-lhe se ele gostava de crianças, mas já sabia a resposta há muito tempo. Tinha encontrado uma foto de um almoço de família onde não podia ser mais evidente que ele adorava a miúda para quem estava a olhar; lembro-me de ter começado a derreter lentamente no dia em que a encontrei. Lembro-me de ter pensado que estava na hora de confiar um bocadinho mais no rapaz que não escondia o que sente e que, até numa fotografia, num momento congelado no tempo, ele tinha conseguido imprimir todo o carinho num só olhar.

Talvez me tenha apaixonado nesse dia, talvez tenha sido depois. Talvez nem sequer esteja apaixonada - mas agora não consigo perceber em que momento é que voltei a gelar por dentro. Quando é que nos perdemos um do outro?

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