quinta-feira, 28 de agosto de 2014

ontem

Dona mommy pediu-me que fizesse o jantar - aqui a lontra obesa, armada em boa, lembra-se de ir fazer frango no forno com arroz de ervilhas, porque é daquelas coisas que me deixam a rebolar. O problema é que, para variar, me esqueci de que não bastava fazê-lo trinta segundos antes de os meus progenitores chegarem a casa e acabei por ficar atrasadíssima.

Começou a dança do frango. É exatamente quanto eu tenho mais pressa que pareço esquecer-me de onde estão as coisas que, normalmente, encontro instintivamente. Então, cortei uma cebola enquanto chorava ao telemóvel, peguei no bicho morto e espetei-o no tabuleiro. Revi, mentalmente, tudo o que a minha mãe costuma usar para temperar mas apercebi-me de que não encontrava umas coisas e para outras nem havia tempo. Espetei-lhe um bocado de azeite, um bocado de sal, um bocado de vinho tinto, alho em pó e polpa de tomate. Tinha a vaga noção de que a minha mãe se atiraria para o chão a implorar a deus que me atribuísse dotes culinários que não metessem em risco a vida da famelga se soubesse como é que eu tratei do desgraçado.

Afinal não. O frango estava bom e recomenda-se - até agora, não foram registados falecimentos nem indisposições. Anyway, pelo sim e pelo não, não contei a ninguém que tinha tentado um tempero freestyle. Não vá o diabo tecê-las.

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