terça-feira, 26 de agosto de 2014

refletindo

Há uns dias, alguém me perguntou se a minha vida era sempre assim tão hilariante - na altura, não dei grande importância mas agora isso não me sai da cabeça. Não entendia como é que, bem vistas as coisas, eu via um circo montado em cada desgraça da minha vida.

Acho que já entendi o sistema - os meus dias não são mais divertidos do que os vossos, mas o meu atraso mental faz com que o pareçam. Está tudo na forma como olhamos para as coisas. Com um bocadinho de imaginação, somos capazes de encontrar (quase) sempre um motivo para rir no meio do holocausto. E vale a pena, sim senhora. É assim que se é feliz no meio de todas as adversidades.

E isto relembrou-me a eva, quando me disse que eu bloqueio demasiado todas as tristezas de forma a parecer louca e feliz todos os dias. Tenho de lhe dar razão - apercebi-me disso agora. É raro eu entregar-me aos sentimentos negativos. Mal me chegam as lágrimas aos olhos e já eu me estou a rir descontroladamente por causa de outra coisa qualquer - e é por isso que, de vez em quando, me desfaço a chorar. Sempre disse que nunca fui feliz mas, verdade seja dita, nunca tive jeito para infeliz também.

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