quarta-feira, 6 de agosto de 2014

sobre quem não conheci

Não há nenhuma idade em que a morte se torne aceitável, em que se mereça morrer por si só - mas acho que todos sentimos uma pontada quando vimos partir mais um jovem. Quando imaginamos mais uma mãe a enterrar um filho. Quando mais alguém deixou a vida a meio. E dizer que lamentamos não basta, mas é mesmo essa a verdade - lamentamos que o mundo avance sabendo que se perdeu mais uma pessoa. Podíamos ter sido nós.

Hoje lamento por alguém de quem nem sei o nome - mas lamento porque é sempre de lamentar que morra alguém tão novo e de forma tão estúpida. A vida não é justa mas a morte é ainda mais puta. Lamento.

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