terça-feira, 9 de dezembro de 2014

antigamente é que era bom

Não morro de amores por árvores de natal brancas, apesar de sempre se poder desculpar com a ideia da neve e tudo e tudo mas, ainda assim, parece-me meio exagerado e desnecessário - mas as árvores de natal roxas até me fazem saltar os olhos das órbitas. Qual é a ideia? Um pinheirinho espancado? Um pinheiro azarado que levou com uma lata de tinta em cima? Um pinheiro asfixiado?

Nada disto me faz muito sentido - chamem-me tacanha, vá lá. Passo a vida a querer abrir os horizontes às pessoas e depois sou a primeira a impor-me quando o assunto são árvores de natal roxas e toda uma panóplia de decorações que lembram tanto o natal quanto o o meu bikini azul - mas torna-se ridículo. Eu sei, eu sei que há gajas que saem à rua todo o ano armadas em árvores de natal da loja dos chineses, mas daí a partirem do princípio que esta época é uma boa desculpa para pendurarem borboletas prateadas num pinheiro roxo no canto da sala, já vai uma grande distância.

E então isto é cada vez mais sobre estilo, vaidade, decoração e, sobretudo, marketing, e menos sobre o amor e o quentinho da lareira rodeada pela família. O nascimento do menino nunca me disse absolutamente nada porque fiquei fodida por nem me terem convidado para ir comer bolo ao batizado, mas para mim o natal era um pinheiro bravo apanhado onde desse, trazido para casa e enfeitado de uma forma tão pirosa que metia dó mas, mesmo assim, sabia-me a natal, a conforto, a amor. Agora detesto o natal.

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