segunda-feira, 29 de dezembro de 2014

they see me rollin'

Hoje sinto-me particularmente abençoada por ter este arzinho de quem ainda há bocadinho estava a nadar no útero e pela voz conas de quem ainda se senta de pernas à chinês a brincar com bonecas no infantário (shame on me, fá-lo-ia na boa se não parecesse mal).

Se há coisa que me mete raiva são aquelas bancas nos centros comerciais cheias de tipas gostosas e vestidas de igual que vêm cheias de sorrisos impingir-nos coisas de que não precisamos para nada, e não nos deixam avançar nem à lei nem à bala. Uma pessoa vai só comprar um quilo de arroz e fica três horas a assistir a uma palestra sobre tupperwares e aspiradores esquisitos; em vez de chegar a casa e fazer o almoço, acaba a lanchar arroz com atum porque é a única coisa que sabe fazer.

Já aturei umas três gajas a falarem-me do valor do ouro e blá blá blá que aceitamos peças usadas e estragadas e o diabo a quatro, mas hoje revoltei-me e, quando ela me veio perguntar se eu já tinha mais de 18 anos, tive aqueles 30 segundos de espera lá que eu já te fodo enquanto me lembrava de quando, no alto dos meus 18 anos, fui ao cinema e me obrigaram a mostrar o bi para poder ver um filme para maiores de 16.

Disse-lhe que não e vim-me embora.
Vingança aplicada, paz restabelecida. O mundo voltou ao eixo certo.

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