sábado, 10 de janeiro de 2015

dá vontade de transcrever tudo

às vezes há tetos insustentáveis dentro de nós, dias que nos pedem desistência, e é então que te deitas e te deixas ir à espera do que te vá buscar,
o mundo precisa de desistências periódicas para continuar, foi o que me ensinaste,
és tanto cobarde como herói e é assim que te amo, o menino que se faz grande para me poder defender,
gosto muito do heroísmo da tua fragilidade,
quando nos deitamos e nos apertamos nas nossas carências sabemos que nos atravessa o que não tem solução, o mal que nos afeta não tem cura, e mesmo assim curamo-nos,
o amor pode muito bem ser apenas a impossibilidade de curar um mal, e depois obviamente curá-lo.

Pedro Chagas Freitas,
prometo falhar

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