sábado, 10 de janeiro de 2015

ou então sou só eu que não tenho sensibilidade para tanta profundidade numa música só

Creio que estaremos todos de acordo que se saíste à noite e não ouviste, pelo menos, oito vezes o jajão, cinco vezes o jeito dela, o controla ou aquela do se-janto-fora-jantas-fora e tal e coise, é porque certamente adormeceste e limitaste-te a sonhar que saíste à noite.

Ora, o que me chateia é exatamente a última música de que falei, a amor de hoje, porque há aqui qualquer coisa que me está a escapar. Já nem quero entrar no clichê de perguntar com quem é que fica a filha quando a mamã e o papá saem porque, se já pode falar, também pode muito bem aguentar-se sozinha em casa a chorar o divórcio eminente dos pais - o que me intriga é qual é ao certo o problema do gajo. Se ele janta fora e ela janta fora, se ele dorme fora e ela dorme fora, se ele vai para os copos e ela também vai, para quê tanto drama? Ela tinha de ficar em casa enquanto ele andasse a furunfunfar na outra, era?

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