sábado, 17 de outubro de 2015

metaforicamente

As pessoas também deixam de nos servir, tal como aquela camisola favorita que parece fazer parte do nosso guarda roupa há demasiados anos para que tenhamos sequer coragem de a despromover.

Mas o mal não vem quando tentamos vestir a dita cuja e ela não serve - o mal está quando ela nos serve e continua bonita pela frente, e saímos de casa sem reparar que a puta tem um buraco enorme e irreparável nas costas. 

E ninguém precisa de camisolas rotas a ocupar espaço no armário, só por dizer que estão lá, que estiveram sempre lá. De vez em quando, é preciso enchermo-nos de coragem e assumir que já não faz sentido mantê-la.

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