domingo, 1 de novembro de 2015

sobre isso de gostar em tempos de dor

[passei o dia todo a vigiar o telemóvel, à espera que me ligasses - achava que só ia conseguir sossegar quando ouvisse a tua voz mas, quando ouvi, apeteceu-me chorar por perceber que é pior do que me dizias, que vai demorar, que não posso fazer nada. e que estou longe, sempre longe, sem poder sentar-me ao teu lado e esperar contigo que um dia destes a vida te sorria como mereces, meu amor. e desliguei quase sem falar, sem dizer que te adoro, sem dizer o quanto sinto a tua falta, sem te prometer que vai correr tudo bem e que eu vou estar aqui, à espera, porque é isso que se faz quando se gosta. não te soube dizer nada disto - resumi-me num fogo... quando o que eu queria dizer era foda-se!, foda-se para esta vida, foda-se para a nossa sorte, foda-se para o mundo que parece estar sempre a conspirar. e foda-se para o quanto eu gosto de ti porque há dias assim, em que isso é realmente fodido.]

Sem comentários: