segunda-feira, 20 de fevereiro de 2017

solta a psicopata que há em ti

Há muitos anos que desconfio que há algo muito errado com a minha cabeça - volta e meia, sinto essa certeza a percorrer-me as veias e a transformar-se numa verdade absoluta e aterradora. Hoje é um desses dias.

Não tenho uma explicação lógica para este sonho: vivia numa casa com desconhecidos. Um deles era uma mulher, grávida, manienta até dizer chega, que dava ordens a todos os outros. Os outros eram homens, um deles parecia o chapeleiro louco da alice no país das maravilhas. A vida decorria tranquilamente - digo eu, que não me lembro desta parte - até que a mulher me mandou matar dois homens, além de um terceiro que já tinha sido morto por alguém.

Decapitei o chapeleiro louco, e esfaqueei um outro - lembro-me de que gostava dele e isso me custou particularmente -, em lágrimas. Quando vi o sangue a jorrar das feridas, passei a faca por cima como se estivesse a barrar uma torrada com manteiga.

Entretanto, fez-se luz: as pessoas iam descobrir que o meu crime e eu ia ser condenada. Eu, que não fazia mal a uma mosca, ia ser condenada pela morte de dois homens, concretizada a mando de uma puta manienta que, durante todo este processo, se lembrou de parir na sala ao lado e apareceu no fim, de criança nos braços, para me agradecer.

Quando acordei, ainda sentia o estômago a arder, tal era a minha aflição.
(interno-me ou...?)

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