quarta-feira, 9 de julho de 2014

não há coincidências, diz ela

Há um ano atrás, eu estava a chorar por um gajo. Um gajo que tinha visto nesse dia uma mensagem que eu lhe tinha enviado quase um mês antes. E, por mero acaso, encontrei-o no dia a seguir - faz amanhã um ano.

Se se estão a perguntar se eu assinalei as datas no calendário com uma canela fluorescente, a resposta é não - mas, já vos disse, tenho uma memória estupidamente boa e basta puxarem uma pontinha para que eu me recorde de tudo o resto. E hoje... bem, hoje talvez tenha sido uma das maiores coincidências de sempre - muitos meses depois da última vez que o vi, encontrei-o. Encontrei-o num sítio onde já nem era suposto eu estar, se sempre tivesse voltado para casa no comboio, uma hora antes, em que tinha chegado a entrar.

Isto passou-me ao lado até eu ter visto a data - 9 de julho. Faz hoje um ano que ele me respondeu. Eu juro que não faço de propósito e juro que nem sei como me fui lembrar - mas soube-o enquanto me permiti a perder nos pensamentos. Faz hoje um ano e, contra todas as expectativas, eu encontrei-o. Amanhã, faz um ano que o encontrei, tão ou mais inesperadamente do que hoje - e, muito provavelmente, vou vê-lo outra vez. Coincidência? Talvez.

Entretanto, lembrei-me da noite em que enviei a tal mensagem, durante a madrugada. Cinco da manhã, se não estou em erro - mas nem me atrevo a tentar conferir porque sei que diz coisas que eu não quero voltar a ler. Mas lembro-me que foi a 14 de junho. 14 de junho de 2013. E onde estava eu, nessa mesma data, a essa mesma hora, neste ano? Na festa onde conheci o tal rapazinho. Estava com ele. Qual era a probabilidade? Quem diria, há um ano atrás, que as coisas iam mudar tanto?

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